Mercado de smartphones volta a crescer no Brasil

17/11/2016 10:41

Números da IDC revelam retomada do setor, que enfrentava quedas desde o meio de 2015.

smartphone pessoaPela primeira vez em seis trimestres, o mercado brasileiro de smartphones voltou a ter crescimento: De acordo com dados preliminares da consultoria IDC, as vendas de aparelhos cresceram 3,3% no período entre julho e setembro de 2016. Ao todo, foram 11,1 milhões de dispositivos comercializados – a consultoria baseia suas medições nas vendas do varejo nacional.

“O mercado foi melhor do que a nossa expectativa”, diz Diego Silva, analista de pesquisas da IDC. A previsão da consultoria era de que 10,9 milhões de aparelhos seriam vendidos entre julho e setembro. De acordo com Silva, os bons números estão relacionados à retomada da confiança no mercado brasileiro. “Fabricantes e varejistas perceberam que havia demanda consistente e fizeram lançamentos importantes nos últimos meses.”

Vendas globais de smartphones registram aumento em 2016

O mercado brasileiro de smartphones estava em queda desde o segundo trimestre de 2015, quando começou a ser afetado por fatores como a crise econômica e a desvalorização do dólar frente ao real.

Outra questão que afetou fortemente o mercado foi que, com a alta do dólar, as fabricantes retiraram do mercado no ano passado os smartphones de entrada – mais acessíveis ao bolso do brasileiro.

As fabricantes também passaram a investir em aparelhos com especificações mais robustas. O caso do Moto G, líder de mercado em 2013 e 2014, serve de exemplo: suas primeiras versões eram vendidas por cerca de R$ 700. Este ano, o aparelho virou uma família de dispositivos, todos com preço superior a R$ 1 mil. No ano passado, o mercado nacional encolheu 13,4%, para um total de 47 milhões de smartphones comercializados.

Em outubro, a IDC havia divulgado previsão de que o mercado nacional encolheria 14% em 2016, com 40,3 milhões de smartphones vendidos. Os resultados do terceiro trimestre, porém, estão fazendo a consultoria revisar sua expectativa, até porque o quarto trimestre concentra datas importantes para o varejo, como a Black Friday e o Natal. “O varejo está otimista e estendeu a Black Friday para o mês todo de novembro”, explicou Silva.

Fonte:Ipnews