Nuvem, Big Data, social e mobilidade: mais uma vez, as quatro tendências da TI como catalisadoras do negócio

17/02/2014 08:16

As "quatro forças" da TI (nuvem, Big Data, mobilidade e social media) estão há tempos no discurso dos fornecedores. As palavras viraram uma espécie de mantra dentro de suas estratégias. Claro, é fato que são agentes causadores de mudanças e isso certamente chegará, se é que ainda não chegou, ao departamento de TI. E, durante a abertura do SAP Forum 2014, o discurso do presidente da SAP Américas, Rodolpho Cardenuto, seguiu esta linha de pensamento para introduzir a resposta da alemã frente aos desafios da nova era da tecnologia.

O executivo trouxe números para corroborar a importância desses quatro fatores, trazendo à tona um outro elemento capaz de alterar consideravelmente a dinâmica dos negócios nos próximos anos - a geração Y. Isso porque essa massa de pessoas que já nasceram conectadas irão dominar o mercado consumidor e a força de trabalho nos próximos anos.

Segundo o executivo, 75% da força de trabalho global até 2030 será da Geração Y. Eles serão responsáveis por consumir, até 2015, 15% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, o equivalente a US$ 2,45 trilhões. "Geração que não consegue trabalhar sem conexão e vai exigir muito mais da tecnologia e mais de todos nós que estamos oferecendo serviços e produtos para essa faixa", explicou Cardenuto.

E a mobilidade desempenha importante papel, cuja primeira revolução deve começar a aparecer no varejo. A projeção de vendas em dispositivos como smartphones e tablets é de US$ 100 bilhões até 2017. "Metade da receita das redes sociais hoje são feitas por dispositivos móveis. Dois anos atrás, era zero. São sinais que já começam a aparecer", pontua o executivo.

Respostas

Apesar da consciência de estarmos em uma fase de transição, algumas ações já são tomadas para responder às mudanças. Um exemplo é o case da rede de supermercados canadenses Loblaw, que dispensou o alto orçamento de TI (US$ 150 milhões) em soluções ineficientes de catálogos de produtos para reestruturar uma solução de CRM integrada ao poder de compra móvel, mesmo dentro das lojas.

O projeto, cuja implantação envolveu tecnologias de parceiros lideradas pela SAP, criou uma aplicação móvel na qual os clientes realizam suas compras e vão acumulando pontos no programa da varejista. No celular, o catálogo foi digitalizado e a experiência de compra foi individualizada. "Foram 11 semanas de trabalho e os resultados muito positivos. Em 6 semanas, 2 milhões e meio de consumidores já usavam a ferramenta", contou o executivo.

O case foi construído na plataforma de processamento em memória Hana, com a nuvem da SAP. A SAP Cloud, aliás, é a resposta da fabricante para a demanda de agilidade dentro do contexto das "quatro forças". A companhia recentemente reduziu pela metade (de 14 meses para 7 meses) o go to market de suas soluções.

A redução do time to value das empresas, contudo, é um pouco mais complexa e requer um pouco mais de tempo para que uma implementação comece a mostrar resultado. "Nossa resposta para isso é nuvem. Tomamos uma série de decisões com base na demanda de nossos clientes, que não querem mais implantações demoradas e complexas. Com a nuvem, conseguimos atender isso", resume Cardenuto.


fonte:informationweek