Olimpíada alavanca negócios da AWS no Brasil

15/08/2016 18:46

Segundo o evangelista da companhia, Julio Faerman, procura é resultado de aplicações que abordam as olimpíadas, como novos jogos de smartphone e aplicativos de localização e transporte, caso do Moovit e do Kekanto.

nuvemAmazon Web Services (AWS), fornecedora de nuvem pública, viu suas vendas mundiais aumentarem 31% no segundo trimestre de 2016 na comparação com o ano passado, alcançando US$ 30,4 bilhões no período. A expectativa é que as vendas aumentem ainda mais no terceiro trimestre graças aos Jogos Olímpicos Rio 2016, que impulsionam a procura por nuvem para suprir a demanda momentânea ocasionada pelo evento.

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Segundo o evangelista da AWS, Julio Faerman, essa procura é resultado de aplicações que abordam as olimpíadas, como novos jogos de smartphone e aplicativos de localização e transporte, caso do Moovit e do Kekanto, que já eram clientes da companhia, mas precisaram ampliar capacidade de processamento. “Além dos setores de serviços e comércio do Rio de Janeiro, que precisam de elasticidade para suprir a maior concentração de público”, explica.

Conforme explica Faerman, a busca pela nuvem aumenta porque as companhias sabem que a demanda é momentânea e não justifica a aquisição de infraestrutura para a entrega do negócio. É o caso da Globosat, que decidiu transmitir determinados conteúdos das Olimpíadas em 4K, como a abertura, jogos de futebol e basquete e o encerramento, via o aplicativo Globosat Play, para smart TVs.

“A distribuição desse tipo de conteúdo é difícil devido a necessidade de estar mais perto do usuário. Por isso, em vez de investir em infraestrutura, a Globosat deixou esse serviço a cargo da AWS, que leva o vídeo mais perto consumidor, eliminando o delay”, conta Faerman. “A empresa ainda conta com a possibilidade de armazenamento do conteúdo, podendo converter o formato para outros tipos de qualidade mais baixa, se desejar.”

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Outra empresa que também recorreu a capacidade de elasticidade que a nuvem oferece foi a BgmRodotec, especializada em software de gerenciamento de transporte logístico de veículos. A empresa faz parte do consórcio de BRTs (Bus Rapid Transport, ou Transporte Rápido por Ônibus) do Rio de Janeiro específico para os Jogos Olímpicos.

A BgmRodotec precisava que seu software de controle de ônibus, capaz de capturar informações de manutenção e sobre quem dirige os veículos, operasse nas linhas criadas para o evento. Para não ter que investir em infraestrutura e licenças de software, a saída foi buscar a AWS, diz Ricardo Brandão, CEO da integradora Skyone responsável pela ida do cliente à nuvem.

“Eles buscavam velocidade, alta disponibilidade e flexibilidade que somente a nuvem pode proporcionar em tão pouco tempo”, diz Brandão. A BgmRodotec ainda contou com outros serviços da AWS, como cloud privada, rede VPN e criação de máquinas virtuais. “Podemos trabalhar no nível de virtualização necessária da empresa”, avalia.

Setores regulados também estão buscando a nuvem

Faerman comenta que não há setores que não busquem ou aproveitem as vantagens que a nuvem proporciona, destacando a tendência de migração. “Ninguém pode se dar ao luxo de não ir para a nuvem, pois é preciso flexibilidade e agilidade, como no caso da BgmRodotec”, afirma.

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De acordo com ele, até mesmo setores regulados, como bancos e utilities, estão se aproximando da nuvem pública. “Neste caso, o maior receio das empresas é a segurança, que não é só uma questão técnica, mas de compliance”, diz. Para tranquilizar esses clientes, o evangelista diz que a AWS é auditada constantemente por instituições como a PCI Security Standarts Council, conselho de empresas de cartões de pagamento, que avaliam o padrão segurança da Amazon.

 

Fonte:Ipnews