Operadoras ensaiam novos negócios a partir da digitalização

18/10/2016 10:51

TIM e Vivo deixam claro que querem fazer receita com as descobertas extraídas do big data e das ferramentas de analytics.

digital-transformation1Neste primeiro dia da Futurecom 2016, duas operadoras – Vivo e TIM – deixaram claro que não implementaram sistemas de big data e analytics apenas para melhorar a base de serviços ou lançar novos produtos. Querem, e vão, caminhar no sentido da transformação digital, com novos negócios e receitas, seja com recursos próprios ou a partir de alianças.

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“A TIM não será uma OTT (over-the-top) – caso do Facebook e Netflix -, mas quer estar cada vez mais perto deste mundo”, disse Luis Minoru Shibata, diretor de estratégia da TIM Brasil. “Sabemos que nossos ativos e os clientes – juntamente com os seus respectivos registros – podem servir para gerar soluções inovadoras. Dados podem ser altamente utilizados em benefício da sociedade”, acrescentou.

Ele citou como exemplo a iniciativa desenvolvida em parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI) durante os jogos Rio 2016, que mapeou o comportamento do público, identificando áreas “quentes” – aquelas de maior frequência – a partir de uma análise feita sobre a base de dados da operadora.

A TIM, segundo Minoro, está estruturando a área de Open Innovation, que vai guiar suas ações no setor de transformação digital. Foi esta a área que determinou o apoio ao Cubo – ambiente que reúne Startups e promove a inovação em São Paulo – e à Fundação Certi, em Florianópolis (SC).

“Não estamos participando destes hubs sem um objetivo. Queremos explorar nossos ativos e os resultados que já temos coletados”, informa Minoru, ao reforçar que o ambiente digital permite as empresas ingressarem rapidamente em novos negócios. “Através da conectividade, economia digital viabiliza uma revolução no mundo dos negócios – em todos os negócios e em todas as cadeias horizontais e verticais”, formalizou.

Com outras palavras, a frase foi repetida por Amos Genish, presidente da Vivo, durante a apresentação do Studio+, aplicativo de streaming de vídeo que irá transmitir séries desenvolvidas exclusivamente para smartphones. “Novas tecnologias ajudam a repensar o modelo de negócio tradicional”, sentenciou.
Genish afirmou que o atual objetivo da Vivo é ser um dos provedores líderes de serviços digitais. Um catalizador digital, a começar pela plataforma móvel. “Este (o Studio+) pode ser o Netflix do celular”, repetiu algumas vezes.

Também no caso da Vivo, o ambiente de big data tem sido visto como um gerador de informações para novos negócios. “Nossa estratégia é ser um Service Digital Provider”, reconheceu o executivo, ao dizer que a liderança em internet fixa e móvel lhe permitiu iniciar a construção de um leque de serviços digitais nas áreas de saúde, educação, segurança e entretenimento.

“Temos quase 80 serviços disponíveis, que geram R$ 1 bilhão de receita. Quarenta milhões de clientes já utilizaram pelo menos uma destas ofertas”, mencionou.

 

Fonte:IPnews