TJ-SP investe em cibersegurança para proteção de 21 milhões de processos

06/10/2016 09:52

Projeto de segurança de ambiente virtualizado é considerado o maior do mundo.

tribunalO Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) é responsável hoje por 26% dos processos em tramitação no Brasil, segundo o CNJ, a maior corte do mundo, são cerca de 21 milhões de ações em andamento. Tamanho volume de informações exige uma infraestrutura bastante robusta: são nove mil servidores virtuais, mil servidores físicos e mais três mil desktops virtuais que suportam os serviços de 2,5 mil magistrados e de 45 mil funcionários distribuídos em 678 localidades interligadas em rede. Com o objetivo de aumentar os níveis de proteção contra violações de dados em seu data center híbrido, o TJ-SP iniciou um projeto com a Arcon, empresa de cibersegurança no Brasil, em busca de tecnologias aderentes a este desafio.

A tecnologia vencedora deste projeto foi o “Deep Security”, que fornece segurança avançada para servidores físicos, virtuais e em nuvem, protegendo as aplicações e os dados contra violações e interrupções dos trabalhos sem necessidade de patches emergenciais. “A virtualização e a computação em nuvem transformaram o data center e a segurança tem que acompanhar essa mudança”, explica Cesar Cândido, Senior Sales Manager da Trend Micro. Ele destaca, ainda, que o projeto é considerado um dos maiores do mundo para a Trend Micro pela quantidade de servidores envolvidos.

Tamanho projeto vem acompanhado por grandes expectativas. Jorge Eloy, gerente de negócios da Arcon, pontua que a solução permitirá ao Tribunal identificar e tratar novas ameaças. “É o que chamamos de Zero Day, que são falhas de segurança ainda sem patchs dos fabricantes, ou seja, um vetor de ataque contra o qual não existe correção conhecida”.

Todo esse cuidado e investimento em cibersegurança se justificam. Segundo Edivaldo Antônio Sartor, Diretor de TI do TJ-SP, “o Tribunal é conhecido pelo pioneirismo em projetos de modernização e processo eletrônico, buscando sempre a inovação. Tudo isso reflete diretamente na melhoria do serviço prestado ao cidadão”.

O projeto atende o que determina a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário (Resolução 211/2015), que tem como objetivo promover a acessibilidade, usabilidade, celeridade, inovação, responsabilidade social e ambiental e transparência no âmbito do Poder Judiciário.

 

Fonte:Ipnews