64% das empresas brasileiras usam analytics apenas para produzir relatórios, aponta estudo

19/09/2018 14:51
 

Segundo estudo da MicroStrategy Incorporated, fornecedora de plataformas analíticas e software de mobilidade, 64% das empresas brasileiras usam analytics para produzir relatórios corporativos ao invés de utilizar como informações para o negócio. A pesquisa ainda aponta que cerca de metade dos 100 profissionais brasileiros de analytics e business intelligence (BI) entrevistados usa a análise de dados para obter insights preditivos, mas Flavio Bolieiro, vice-presidente da MicroStrategy, dúvida que este seja o cenário da maioria das empresas brasileiras.

Analytics vira arma para agronegócio lidar com desafios de crescimento nos próximos anos

Segundo ele, o Brasil utiliza o analytics para o operacional, mas precisa adotar a ferramenta para gerar valor, aumentar o alcance de campanhas de marketing e o volume de vendas. “É preciso que a análise de dados se torne parte da estratégia da empresa e não apenas o sistema que gera relatórios para o corpo diretivo”, afirma.

Para mudar o cenário brasileiro, a empresa decidiu trazer para o País o Intelligent Enterprise, conceito que une serviços e uma nova metodologia da MicroStrategy. Bolieiro explica que, através de uma espécie de mapa, o cliente pode analisar qual o estágio de maturidade no uso do analytics está e como pode evoluir para extrair o melhor valor dos dados.

“O mapa foi desenvolvido pela MicroStrategy e é utilizado para ver qual a posição do cliente. Por exemplo, se ele só conta com um banco de dados, nós temos condições de oferecer serviços e nossa plataforma de BI MicroStrategy e estipular passos até chegar na maturidade necessária”, diz.

A estratégia já tem sido utilizada em algumas empresas brasileiras. A Europ Assistance, empresa global do mercado de oferta de serviços de assistência e conveniência nos segmentos de veículos, lar/família, saúde e viagem, integrou seu sistema transacional de gerenciamento de serviço de campo (Field Service Management) à plataforma de inteligência analítica da MicroStrategy. O resultado foi aprimorar o acesso aos principais indicadores e obter um maior controle sobre a qualidade da prestação de serviços.

No Brasil, o BI foi utilizado nas áreas operacionais da Europ, como o call center e em sua rede de aproximadamente 22 mil prestadores de serviço, para acompanhar diariamente a qualidade dos processos performance no tempo de atendimento, volume de serviços, métodos de envio e disponibilização da frota, variações diárias e comparativos entre períodos anteriores para análise de evolução. Graças a indicadores como esses, a empresa passou a contribuir com feedbacks aos prestadores de serviço e também aprimorou seus relatórios financeiros.

“Além disso, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) também usou o analytics como um dos aliados para enfrentar a crise hídrica e combater perdas comerciais no Distrito Federal”, diz Bolieiro. Segundo ele, a instituição tem utilizado o analytics de maneira bem sucedida há alguns anos, o que lhe rendeu inclusive a indicação como um dos cinco melhores casos de sucesso, na área de tecnologia, em toda Esplanada.

 

O VP ainda diz que o País tem potencial para explorar mais o o uso do BI, “isso porque a tecnologia é fundamental para a digitalização das empresas, visto que funciona como base para se evitar erros, entender o cliente e buscar mais eficiência”, finaliza o executivo.

 

Fonte:ipnews