80% dos brasileiros acham correto usar dispositivos para rastrear seus filhos pequenos, aponta pesquisa
Estudo da AVG mostra que pais acham corretor utilizar a tecnologia disponível para acompanhar melhor os filhos, inclusive sobre sua alimentação.
À medida que os relógios inteligentes (smartwatches) se tornam cada vez mais populares no mercado para estimular as crianças com mais de oito anos a construir hábitos saudáveis, uma pesquisa da AVG Technologies descobriu que a maioria dos brasileiros (80%) se sente confortável com o uso de dispositivos de rastreamento por crianças com mais de 10 anos. A pesquisa foi conduzida pela agência de tendências Trajectory com mais de 3,5 mil pessoas em cinco países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.
Apesar disso, nem todos concordam com a prática de coletar dados relacionados ao peso ou à imagem corporal da criança. Enquanto no Brasil, 77% consideram que os mesmos dispositivos deveriam ser capazes de rastrear se uma criança está perdendo ou ganhando peso, nos demais países, os entrevistados relataram que obter esses dados seria um passo longe demais. O medo é de que os pais percam sua intuição sobre as estatísticas vitais de seus filhos.
Além dos pais, os participantes da pesquisa no Brasil deixaram claro que as únicas demais pessoas que deveriam ter acesso aos dados das crianças são seus médicos. Pouco mais da metade (53%) dos brasileiros concordaram que o acesso às informações seria útil. No entanto, o compartilhamento desses dados com outras pessoas, como professores e enfermeiras da escola, seria considerado inaceitável.
Além disso, os entrevistados (77%) no Brasil acreditam que os dispositivos devem monitorar os maus hábitos percebidos como, por exemplo, quanto tempo uma criança gasta com dispositivos eletrônicos.
Para a AVG, no debate sobre até que ponto as vidas das crianças devem ser quantificadas em dados, a pesquisa revela as tensões levando a paternidade para diferentes direções. Por um lado, os pais se sentem preocupados com as informações coletadas sobre seus filhos. Por outro, a melhoria percebida na segurança oferecida pelas tecnologias de rastreamento de localização – que promete tranquilidade – tem um apelo profundo para os pais. “Como todas as questões de parentalidade, trata-se basicamente de fazer uma escolha pessoal”, conclui o estudo.
Fonte:ipnews