86,6% dos brasileiros temem que seus dispositivos sejam infectados por malware de mineração de criptomoedas, aponta Avast
Apesar disso, parte dos consumidores acreditam que não podem ser afetados por vírus desse tipo por não possuírem criptomoedas.
De acordo com pesquisa da Avast, 86,6% dos brasileiros temem que seus dispositivos sejam infectados por um malware de mineração de criptomoedas. Apenas 13,3% dos consumidores no Brasil não se preocupam que o malware afete seus dispositivos residenciais pessoais e inteligentes. Nesse grupo, quase a metade dos entrevistados (46,3%) acredita erroneamente que o malware de mineração não pode afetá-los, já que não possuem ou detêm criptomoedas. Foram ouvidos mais de 1,9 mil brasileiros.
Novo malware rouba dinheiro por meio de transferências bancárias
Nos últimos 12 meses, o malware de mineração de moedas digitais evoluiu de forma sofisticada e abrangente, diz a Avast. O que antes era apenas uma ameaça cibernética direcionada aos PCs, rapidamente se tornou um grande risco para os smartphones e para o complexo ecossistema de dispositivos de IoT (Internet das Coisas), já que o malware pode ser executado clandestinamente em segundo plano, em qualquer dispositivo inteligente.
Para ser eficaz e lucrativa, a mineração de criptomoedas requer o poder do computador em escala. Considerando que os custos envolvidos na mineração são altos e o poder da CPU dos PCs e smartphones é baixo, os cibercriminosos tentam sequestrar dispositivos conectados às redes conhecidas como botnet, para maximizar o lucro.
Para as vítimas, isso pode gerar elevadas despesas com energia, perda de produtividade, baixo desempenho e menor vida útil do dispositivo. Uma máquina comprometida também pode aumentar o risco de roubo de dados pessoais.
Segundo a Avast, há um aumento significativo de cibercriminosos que recrutam dispositivos de IoT e smartphones em botnets, com a intenção de minerar criptomoedas. Além disso, houve alguns casos em que os sites ofereceram aos visitantes a escolha entre exibir anúncios ou minerar criptomoedas em segundo plano. Dentre brasileiros, 44,4% disseram que optariam pela mineração de moedas digitais para ter uma experiência online sem anúncios.
A Avast explica que, normalmente, os usuários de PC podem dizer se o computador faz parte de uma botnet ao verificar que o dispositivo responde mais lentamente do que o normal, aquece ou distribui tráfego suspeito. Já nos dispositivos de IoT, como uma geladeira inteligente, os indícios não são tão óbvios. Nesse caso, os usuários precisam de soluções de segurança que monitorem o tráfego e os alertem quando algo está errado.
Fonte:ipnews