97% das empresas já foram atacadas, mas apenas 22% se preparam para evitar novos ciberataques

10/07/2016 11:18

Estudo da BT mostra que executivos das principais corporações do mundo não estão conscientes dos riscos de invasões.

Seguranca-digitalUm estudo realizado pela British Telecom (BT), em parceria com a KPMG, avaliou que 97% das empresas entrevistadas já sofreram ataques cibernéticos em algum momento de sua história, mas apenas 22% se sentem preparadas para lidar com novas invasões. Outro dado aponta que mais da metade (55%) das companhias também perceberam aumento das atividades dos hackers, porém uma minoria de 23% tem cobertura de seguro local para cobrir o custo de um incidente grave. A pesquisa foi realizada com corporações de presença global sediadas na Europa, Ásia e Estados Unidos de todos os setores.

Alexis Aguirre, responsável pela área de segurança da BT na América Latina, diz que a falta de conscientização dos executivos com a segurança da TI é o motivo do gap entre a avaliação de riscos e a segurança efetiva. Segundo ele, a não divulgação de ataques sofridos por corporações dá uma falsa sensação de segurança para as empresas, que imaginam que ciberataques não são tão comuns.

Educação do usuário é a chave da segurança digital

Um exemplo claro sobre isso são os dados do relatório apontando que 71% tem procedimentos contra-ataques cibernéticos, mas apenas 30% entendem como eles funcionam. Além disso, 27% das empresas deixam de levar o assunto de segurança digital para a agenda de reuniões dos executivos, com 45% deixando de educar seus diretores sobre o tema.

Para Aguirre, a segurança é baseada em três pilares: tecnologia, políticas de segurança e pessoas. “Não é uma questão puramente tecnológica, mas sim de conscientização do usuário, o ponto mais frágil do tripé”, diz.

Ele afirma ser necessário que as empresas se preocupem em transmitir a importância da segurança aos seus funcionários, o que não acontece hoje. “Isso diminuiria os níveis de ataques de fishing, DDoS, ransomware, entre outros”, diz.

O problema começa quando nem mesmo os principais executivos entendem a importância da segurança. “É nesse ponto que entra o papel do diretor de segurança (CSO), que deve alertar os outros diretores estratégicos da empresa”, explica. Aguirre ainda diz que o CSO e sua equipe devem ser a inteligência por trás da tecnologia, pensando como um hacker para que a estratégia de segurança seja moldada para impedi-los.

O relatório também mostra que as empresas mais conservadoras são as que menos preparadas para lidar com a segurança. “Aquelas que tem projetos de transformação digital, com integração à computação em nuvem, por exemplo, tem mais preocupação com ciberataques e se preparam melhor”, diz. “No geral, as empresas estão em diferentes níveis de maturidade, seja em tecnologia ou segurança.”

 

Fonte:ipnews