Artigo: Os principais obstáculos da transformação digital no Brasil

13/03/2017 17:03

 

Quem acompanha a imprensa de tecnologia certamente sabe que o “mantra” da década é a transformação digital. Muito presente nas manchetes dos principais sites que cobrem o segmento, esse termo remete desde a necessidade de virtualização de dados e processos até novos serviços e meios de interação com o consumidor – que elenca cada vez mais a experiência com a marca ao mesmo patamar da qualidade do produto.

Transformação digital eleva em 50% receita de empresas no Brasil

Gastos com tecnologias de transformação digital vão alcançar US$ 1,2 tri este ano, afirma IDC

Nesse cenário, as empresas que não entregam agilidade e negligenciam investimentos na interação com seus clientes certamente ficarão para trás. Mais do que isso: quem não começou a trilhar esse caminho de transição, já está bem atrasado. O preocupante nesse sentido é que, mesmo com todo alarde da imprensa e dos analistas de tecnologia, boa parte do empresariado brasileiro parece desconhecer a real prioridade dessa transformação.

Antes de abordar as questões “filosóficas” do mercado nacional, é importante ser justo e destacar a carência de infraestrutura adequada que enfrentamos no Brasil. Um exemplo é a baixa qualidade da internet móvel ofertada aqui. Num relatório apresentado em 2016 pela OpenSignal, instituto internacional especializado em propor insights e analisar a performance das operações mobile do mundo todo, nosso país surge como 57º no ranking global de desempenho do 3G/4G.

Segundo o estudo, a velocidade média do serviço entregue pelas operadoras brasileiras é de 7,43 mbps (megabites por segundo) – muito longe dos números apresentados pelo país que encabeça a lista – Coreia do Sul (41,34 mbps) – e de países referência, como Estados Unidos (12,34 mbps), Reino Unido (13,70 mbps) e Japão (21,25 mbps). Sem contar a questão de disponibilidade: de acordo com o estudo, a cada quatro tentativas de conexão, em pelo menos uma os brasileiros só conseguiram acessar redes 2G – na qual a velocidade máxima de download fica em 300 Kbps. Essa realidade é certamente um entrave para investir em tecnologias como o pagamento via celular, internet das coisas (IoT) e realidade aumentada.

Salvo as dificuldades de acesso a inovação e desenvolvimento tecnológico das empresas nacionais, essa situação é reflexo direto do principal obstáculo para a transformação digital no Brasil: a morosidade do empresariado em abraçar essa tendência. Isso porque aqui o modus operandi é o foco primário em “apagar incêndios” e delegar os investimentos a médio e longo prazos a uma segunda (até terceira) prioridade.

Obviamente que há companhias rumando para fora desse círculo vicioso, destacando-se inclusive pela inovação de processos e atendimento aos clientes. Contudo, para garantir um nível de competitividade justo com o resto do mundo, é preciso uma mudança de mentalidade urgente e em massa. Não apenas das indústrias de transformação e serviços, mas também dos investidores privados e públicos. Aliás, a quebra desse paradigma depende muito das próprias empresas de tecnologia, que precisam adotar uma postura de educadoras e evangelistas da transformação digital. A Gigamon, por exemplo, por entender a importância da visibilidade de rede dentro desse processo, propõe diversas iniciativas junto ao setor visando apontar os melhores caminhos para uma transição sustentável a esse novo modelo de negócio.

É preciso ter em mente que esse movimento de digitalização não é apontado como a quarta revolução industrial à toa. E as famosas empresas disruptivas provam isso sempre que têm chance, descobrindo e impondo novas regras à diversos mercados. Abraçar esse movimento deixou de ser somente uma aposta. É uma questão de extrema necessidade.

 

Quem acompanha a imprensa de tecnologia certamente sabe que o “mantra” da década é a transformação digital. Muito presente nas manchetes dos principais sites que cobrem o segmento, esse termo remete desde a necessidade de virtualização de dados e processos até novos serviços e meios de interação com o consumidor – que elenca cada vez mais a experiência com a marca ao mesmo patamar da qualidade do produto.

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Nesse cenário, as empresas que não entregam agilidade e negligenciam investimentos na interação com seus clientes certamente ficarão para trás. Mais do que isso: quem não começou a trilhar esse caminho de transição, já está bem atrasado. O preocupante nesse sentido é que, mesmo com todo alarde da imprensa e dos analistas de tecnologia, boa parte do empresariado brasileiro parece desconhecer a real prioridade dessa transformação.

Antes de abordar as questões “filosóficas” do mercado nacional, é importante ser justo e destacar a carência de infraestrutura adequada que enfrentamos no Brasil. Um exemplo é a baixa qualidade da internet móvel ofertada aqui. Num relatório apresentado em 2016 pela OpenSignal, instituto internacional especializado em propor insights e analisar a performance das operações mobile do mundo todo, nosso país surge como 57º no ranking global de desempenho do 3G/4G.

Segundo o estudo, a velocidade média do serviço entregue pelas operadoras brasileiras é de 7,43 mbps (megabites por segundo) – muito longe dos números apresentados pelo país que encabeça a lista – Coreia do Sul (41,34 mbps) – e de países referência, como Estados Unidos (12,34 mbps), Reino Unido (13,70 mbps) e Japão (21,25 mbps). Sem contar a questão de disponibilidade: de acordo com o estudo, a cada quatro tentativas de conexão, em pelo menos uma os brasileiros só conseguiram acessar redes 2G – na qual a velocidade máxima de download fica em 300 Kbps. Essa realidade é certamente um entrave para investir em tecnologias como o pagamento via celular, internet das coisas (IoT) e realidade aumentada.

Salvo as dificuldades de acesso a inovação e desenvolvimento tecnológico das empresas nacionais, essa situação é reflexo direto do principal obstáculo para a transformação digital no Brasil: a morosidade do empresariado em abraçar essa tendência. Isso porque aqui o modus operandi é o foco primário em “apagar incêndios” e delegar os investimentos a médio e longo prazos a uma segunda (até terceira) prioridade.

Obviamente que há companhias rumando para fora desse círculo vicioso, destacando-se inclusive pela inovação de processos e atendimento aos clientes. Contudo, para garantir um nível de competitividade justo com o resto do mundo, é preciso uma mudança de mentalidade urgente e em massa. Não apenas das indústrias de transformação e serviços, mas também dos investidores privados e públicos. Aliás, a quebra desse paradigma depende muito das próprias empresas de tecnologia, que precisam adotar uma postura de educadoras e evangelistas da transformação digital. A Gigamon, por exemplo, por entender a importância da visibilidade de rede dentro desse processo, propõe diversas iniciativas junto ao setor visando apontar os melhores caminhos para uma transição sustentável a esse novo modelo de negócio.

É preciso ter em mente que esse movimento de digitalização não é apontado como a quarta revolução industrial à toa. E as famosas empresas disruptivas provam isso sempre que têm chance, descobrindo e impondo novas regras à diversos mercados. Abraçar esse movimento deixou de ser somente uma aposta. É uma questão de extrema necessidade.

 

Fonte:Ipnews