Automatização da análise de dados criará novo perfil de cientista, afirma Gartner
Com mais de 40% das análises de dados automatizada, cientistas de dados “civil” surge para estreitar relacionamento entre empresas e clientes.
Dados do Gartner apontam que mais de 40% das tarefas de análises de dados serão automatizadas até 2020, tornando o trabalho de cientistas de dados mais produtivo e aumentando a utilização de dados nas empresas. Isso irá criar um novo cargo de trabalho, o cientista de dados “civil”, que cria ou gera modelos que usam análises avançadas, mas sua função principal fica fora do campo da estatística e análise.
Análise de dados gera insegurança entre executivos
Com a tecnologia de automação de análise, não será mais necessário conhecimento mais avançado, permitindo realizar análises complexas sem ter as habilidades dos cientistas de dados atuais. Dessa forma, o “civil” preencheria a lacuna entre o autoatendimento de executivos de negócios e de análises avançadas pelos cientistas tradicionais.
Para Alexander Linden, vice-presidente de pesquisas do Gartner, simplificar a análise de dados irá aumentar o alcance dos vendedores aos clientes nas empresas. “A chave para a simplicidade é a automação de tarefas que são repetitivas, manualmente intensivas e não requerem conhecimentos profundos de ciência dos dados.”
Linden reconhece que a automação diminuirá a necessidade de mais cientista de dados para fazer o mesmo trabalho, mas cada projeto avançado de ciência de dados precisará de um ou dois cientistas tradicionais.
O Gartner ainda prevê que os cientistas de dados “civil” vão superar os tradicionais no valor de análise avançada produzida até 2019. Os novos cientistas serão responsáveis por uma quantidade de análise que alimentará negócios e criará um ambiente mais penetrante, ao mesmo tempo que apoiará os cientistas de dados tradicionais para focar em projetos mais complexos.
João Tapadinhas, diretor de Pesquisa do Gartner, lembra que a maioria das empresas não têm um número suficiente de cientistas de dados, mas contam com analistas de informação qualificados para se tornar cientistas de dados “civis”.
“Equipados com as ferramentas adequadas, eles podem executar análise complexas e criar modelos de análises preditivas. Isto lhes permite ir do alcance das análises de empresas usuárias de serviços como o Google Analytics e partir para processos com maior profundidade e amplitude”, explica.
Tapadinhas ainda comenta que o acesso à ciência de dados é desigual atualmente, devido à falta de recursos e complexidade. “Nem todas as organizações podem alavancá-lo. Para algumas organizações, o cientista de dados “civil” será, portanto, uma solução mais simples e rápida no caminho para a análise avançada”, encerra.
Fonte:Ipnews