Bancos gastam três vezes mais em segurança do que as organizações não-financeiras, diz pesquisa

14/03/2017 09:35

Despesas de instituições financeiras com segurança de TI são três vezes maiores que empresas de outros setores.     

As instituições financeiras estão sendo pressionadas a reforçar a segurança, pois tendências como a maior adoção dos bancos on-line aumentam o risco de ataques virtuais sobre a infraestrutura de TI dos bancos. Os clientes assumem um papel cada vez mais importante ao ressaltar incidentes de segurança: um quarto (24%) das instituições financeiras informa que algumas das ameaças que enfrentaram em 2016 foram identificadas e relatadas por clientes.

Segundo a Pesquisa de Riscos à Segurança de Instituições Financeiras realizada pela Kaspersky Lab e a B2B International, o investimento em segurança é prioridade para os bancos e instituições financeiras. Ao sofrer ataques em sua própria infraestrutura e na de clientes, os bancos de varejo gastam três vezes mais em segurança de TI que instituições de outras áreas com porte semelhante. Além disso, 64% dos bancos admitem que investirão para melhorar sua segurança de TI, independente do retorno do investimento de modo a atender às demandas crescentes das agências regulatórias do governo, da alta direção e até mesmo de seus clientes.

Dezenas de bancos globais sofreram ataques com novos malwares

Embora os bancos se empenhem e invistam na proteção de seus perímetros contra ameaças virtuais conhecidas e desconhecidas, é difícil proteger toda a amplitude da infraestrutura de TI existente, da tradicional à especializada, caixas eletrônicos e terminais de ponto de venda. O vasto e sempre dinâmico cenário de ameaças, associado ao desafio de melhorar os hábitos de segurança dos clientes, proporciona aos fraudadores ainda mais pontos de vulnerabilidade para explorar.

Riscos emergentes: ataques de engenharia social sobre contas bancárias
Os riscos emergentes relacionados aos bancos on-line são destacados no relatório como uma tendência capaz de expor os bancos a novas ameaças virtuais. 42% dos bancos preveem que uma maioria esmagadora de seus clientes usará os bancos on-line em até três anos, mas admitem que os usuários são muito negligentes em seu comportamento na Internet. A maior parte dos bancos pesquisados (46%) reconheceu que seus clientes sofrem ataques de phishing com frequência, sendo que 70% dos bancos também registraram incidentes de fraude financeira resultantes, causando prejuízos financeiros.

O aumento dos ataques de phishing e engenharia social sobre os clientes levaram os bancos a reavaliar suas iniciativas de segurança nessa área. 61% dos participantes da pesquisa consideram o aprimoramento da segurança de aplicativos e sites usados por seus clientes como uma de suas maiores prioridades de segurança, seguida de perto pela implementação da autenticação e verificação mais complexa de dados de login (uma prioridade principal para 52%).

Embora estejam vulneráveis às ferramentas e truques de phishing que visam seus clientes, os bancos estão ainda mais preocupados com outro ‘velho inimigo’: os ataques direcionados. E têm bons motivos isso; os métodos de ataque direcionado estão se tornando mais corriqueiros, e as plataformas de malware como serviço são até usadas para prejudicar organizações financeiras.

Ataques direcionados: ameaças persistentes   
Pela experiência com incidentes reais, sabemos que, na maioria dos casos, o investimento em segurança no setor financeiro vale muito a pena; as instituições financeiras apresentam um número significativamente menor de eventos de segurança que empresas do mesmo porte de outros setores, com exceção apenas dos ataques direcionados e do malware. A detecção de atividade anormal possivelmente maliciosa, associando ferramentas legítimas com malware sem arquivos, requer uma combinação de soluções avançadas contra ataques direcionados e uma inteligência de segurança abrangente. Porém, 59% das empresas financeiras ainda não adotam uma inteligência de ameaças de terceiros.

 

Fonte:ipnews