Banda larga fixa tem baixa competição no Brasil
Estudo mostra que o Brasil ainda tem muito a fazer para aumentar a sua penetração de banda larga fixa fora das áreas mais populosas.
A concorrência no mercado de banda larga fixa no Brasil está concentrada em um pequeno número de cidades: 57% dos municípios tem apenas um operador, seja como detentor da maioria das conexões ou como único fornecedor na cidade, de acordo com a empresa de análise e pesquisas Ovum.
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Em estudo recente, a consultoria mostra que a banda larga fixa não penetrou em grandes áreas no Brasil. Mais da metade das cidades com 42 milhões de habitantes - perto da população da Argentina ou Colômbia - têm apenas 500 mil assinaturas de banda larga, um nível de penetração semelhante à média brasileira de cerca de 10 anos atrás.
De acordo com Ari Lopes, analista principal para a América Latina da Ovum, "parte da demanda é atendida via banda larga móvel, mas é claro que o país se beneficiaria de um esforço coordenado dos setores público e privado para expandir a infraestrutura de banda larga fixa para o todo país ".
Segundo Lopes, os dois principais desafios no mercado de banda larga no Brasil são a expansão da cobertura de banda larga fixa para áreas fora dos grandes centros urbanos, e atualização da infraestrutura existente nas áreas bem servidas para permitir velocidades mais rápidas.
"A banda larga móvel está experimentando um forte crescimento no país e, certamente, é a única conexão para a maioria da população. No entanto, as áreas com baixa penetração de banda larga fixa são também aquelas com a menor penetração da telefonia móvel, e as conexões geralmente atingem velocidades de 1Mbps ou menos, por isso limita a experiência do cliente. Em suma, esta análise mostra que um novo Plano Nacional de Banda Larga, que se expande e melhora a infraestrutura existente teria um impacto importante sobre o mercado de banda larga no Brasil", aconselha.
Outro desafio é o baixo uso de tecnologias avançadas, como FTTx, que respondem por apenas 3% das conexões brasileiras. Apesar de crescer em um ritmo rápido, essas tecnologias melhoram lentamente o perfil de velocidade do mercado brasileiro, e apenas 15% das conexões estão acima de 12Mbps.
O estudo mostra que o Brasil ainda tem muito a fazer para aumentar a sua penetração de banda larga fixa fora das áreas mais populosas. "O tamanho do desafio é ilustrado pela análise ao nível da cidade, o que mostra que mercado de banda larga fixa do Brasil é ainda mais concentrado do que o PIB brasileiro. Cidades que respondem por 22% da população e 8% do PIB têm apenas 2% das conexões de banda larga fixa ", conclui Lopes.
Fonte:IPnews