Blockchain pode ser usado para tornar eleições mais seguras
Tecnologia permitiria, inclusive, o voto remoto dos eleitores.
Votar de casa, utilizando o computador e evitando filas, seria um sonho, não? E se isso fosse possível? Através do blockchain, todo o processo eleitoral poderia ser mais simples, ágil e seguro, segundo Nathalia Nicoletti, especialista na tecnologia e desenvolvedora de negócios da A Star, startup especializada em blockchain.
Ela explica que o processo funcionaria como é feito com o bitcoin hoje, sendo o voto o ativo e o candidato a carteira. O eleitor acessa o sistema eleitoral dentro do blockchain através de um software e confirma que ele é quem diz ser com seu certificado digital, uma assinatura digital com validade jurídica, garantindo a segurança do voto.
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“Além de prático e eficiente na hora da apuração, o voto se torna mais seguro”, afirma Nathalia. Isso porque o blockchain é um banco de dados distribuído onde a informação entra em blocos e seu conteúdo já vem totalmente criptografado, tendo ainda um histórico sobre de onde o dado saiu e para onde foi.
Para que isso seja possível, porém, o governo federal tem de resolver dois problemas: a adoção pela população e a garantia do voto secreto. “Por isso, acredito que uma possibilidade ainda é fazer com que a urna rode em uma plataforma do blockchain, já trazendo mais segurança e acelerando a apuração”, diz a especialista.
O blockchain tem surgido como uma tendência no mundo. Dubai, por exemplo, decidiu que todos os documentos dos órgãos públicos da cidade trafeguem via um blockchain governamental até 2020.
No Brasil, alguns órgãos têm trabalhado com a tecnologia. A própria A Star já trabalhou com o Tesouro Nacional para ajudá-los no entendimento do que é o blockchain para o desenvolvimento de um projeto que os auxiliem na gestão. Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem estudado formas de utilizar a tecnologia para deixar o processo de aviação mais seguro.
Fonte:ipnews