Causa de incêndio dos aparelhos Samsung era bateria defeituosa de fornecedores

24/01/2017 10:09

Fabricante anunciou novos processos internos para garantir segurança, o que pode atrasar o lançamento do novo Galaxy S.

GalaxyNote7-queimado-2Samsung Electronics revelou hoje, em coletiva de imprensa em Seul, na Coréia do Sul, que a causa dos acidentes com o aparelho Galaxy Note 7 foram baterias defeituosas de dois fornecedores da companhia. No ano passado, casos de incêndio ocorridos com o modelo do smartphone, que não é comercializado no Brasil, custaram à empresa sul-coreana US$ 5,3 bilhões em lucro operacional.

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“As lições deste incidente estão profundamente refletidas em nossa cultura e processos”, disse DJ Koh, presidente da Divisão de Dispositivos Móveis da Samsung, que também afirmou que a empresa não irá tomar ações legais contra as fornecedoras. “A Samsung está trabalhando duro para recuperar a confiança dos consumidores.”

Os nomes dos fornecedores não foram divulgados, mas anteriormente havia citado a afiliada Samsung SDI e a chinesa Amperex Technology, segundo informações da agência Reuters. A SDI afirmou que vai investir US$ 129 milhões para melhorar a segurança dos produtos e espera continuar sendo fornecedora da Samsung. A companhia chinesa não comentou o assunto.

A Samsung agora toma medidas para prevenir a recorrência desse tipo de caso, o que pode atrasar o lançamento do Galaxy S8. Entre a gama de processos internos de qualidade para garantir a segurança dos produtos, a fabricante incorporou um controle de oito pontos de segurança de bateria.

Além disso, formou um Grupo de Aconselhamento sobre Baterias, composto por consultores externos, especialistas acadêmicos e de pesquisa para garantir que seja mantida uma perspectiva clara e objetiva sobre segurança de bateria e inovações.

A Samsung informou também nesta segunda-feira que ainda não decidiu se irá reusar partes dos Note 7s recolhidos ou se vai revender os aparelhos. A companhia afirmou que recolheu 96% dos 3,06 milhões de aparelhos vendidos aos consumidores.

 

Fonte:Ipnews