CI&T compra empresa norte-americana especializada em serviços digitais para bancos

21/08/2017 16:34

Aquisição faz parte de estratégia de ataque ao mercado dos Estados Unidos, aumentando capilaridade da companhia brasileira no país.

CI&T anunciou a compra da Comrade, empresa norte-americana de serviços digitais para o setor financeiro. Baseada no Vale do Silício, a companhia tem como cliente duas das cinco maiores instituições financeiras dos Estados Unidos, sendo especializada em desenvolver produtos digitais para bancos. A aquisição mostra sinergia com a CI&T, empresa brasileira que trabalha na transformação digital de clientes, desenvolvendo desde soluções corporativas e aplicativos até campanhas de marketing.

Transformação digital e novas tecnologias são o foco de diferenciação da CI&T

De acordo com Leonardo Mattiazzi, vice-presidente global de Inovação da CI&T, a compra visa aumentar a capilaridade da companha nos Estados Unidos, que representou 35% dos R$ 500 milhões faturados no último ano pela CI&T. “Com o negócio, ganhamos presença no Vale do Silício e dobramos nosso time nos Estados Unidos, com os 50 funcionários da Comrade. Ganhamos também os atuais clientes da companhia e mais potencial para captar novos.”

Sem revelar os valores da aquisição, Mattiazzi diz que a integração entre as duas empresas ainda está sendo planejada. “Há clientes que já estamos trabalhando juntos”, afirma. Ainda segundo ele, a intenção é manter o modo que a Comrade trabalha e trocar experiências entre o Vale do Silício e a operação brasileira, que não sofrerá mudanças.

Mercado financeiro norte-americano está aberto

O CEO da Comrade, Thelton McMillian, afirma que os bancos tradicionais norte-americanos não estão se digitalizando rápido o suficiente e precisam da ajuda de empresas como a Comrade e até mesmo fintechs para chegar mais longe. “A inovação ainda não foi sentida no setor financeiro”, diz.

Ele conta que a empresa nasceu em 2008, fornecendo plataformas para empresas de investimento. Atualmente, a companhia já desenvolve seus próprios produtos, personalizando o design para o gosto dos clientes. Além disso, fazem parcerias com fintechs para acelerar o desenvolvimento da inovação. A expectativa, segundo Mattiazzi, é de que haja uma ponte entre essas fintechs e o mercado brasileiro.

 

Fonte:ipnews