Cinco desafios de IoT que as empresas precisam solucionar

14/01/2017 16:57

Setor será desafiado por modelo de negócio, segurança e outras necessidades de mercado.

IoTO mercado de Internet das Coisas (IoT) está em amplo desenvolvimento, com previsão de crescimento anual de 15,6% até 2020, segundo estudo da IDC, que também aponta que o setor deve alcançar US$ 1,29 trilhão até o fim do período. Mas por outro lado, a tecnologia ainda precisa passar por alguns desafios para alcançar todo o potencial. Brent Hodges, da área de Planejamento de IoT e Estratégia de Produtos da Dell EMC, enumera cinco deles. Confira.

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Retorno de investimento e segurança serão os maiores inibidores de projetos IoT

O executivo concorda com o potencial que a IoT pode trazer ao negócio, mas os clientes e usuários precisam estar confortáveis com o retorno esperado de investimento para apostar em projetos mais criativos de uso da tecnologia. “Sem entender o valor do negócio e o potencial de retorno de capital, a adoção de IoT vai sufocar e diminuir”, afirma Hodges.

Um problema no início de uso das soluções é que as empresas que implementaram com sucesso a IoT não desejam compartilhar seus casos com os concorrentes. “Há progresso nas empresas que vemos documentando ganhos mensuráveis, mas ainda levará tempo até que as massas confiem que os resultados de outras companhias funcionam nas suas”, explica.

A segurança é o segundo inibidor de projeto quando se trata de Internet das Coisas. Ataques DDoS via dispositivos já mostraram sua força e o mercado se mostra receosos. Ao longo de 2017, os hackers continuarão a explorar as vulnerabilidades da indústria e Hodges aponta que a saída é a união do mercado de IoT para desenvolver medidas de segurança.

“Para que as soluções IoT sejam bem-sucedidas, o valor de negócio precisa ser bem maior que as complexidades envolvidas na implantação e manutenção. Os desenvolvedores precisam começar a investir em segurança e contratar consultores para monitorar os riscos e corrigir vulnerabilidades”, diz.

Consolidar plataformas de IoT com open source

A fragmentação do mercado de IoT é uma realidade e Hodges estima que existam mais de 400 plataformas diferentes, confundido clientes e retardando o desenvolvimento de soluções. A consolidação do mercado é necessária e uma forma de alcança-la é o open source.

Plataformas de código aberto estão sendo utilizadas cada vez mais em projetos industriais, cidades inteligentes e utilities. O executivo acredita que irá surgir um projeto open source que se sobressairá, servindo como um centro de integração e irá mitigar as fragmentações do setor. “À medida que mais ferramentas de código aberto forem desenvolvidas e maduras, elas também se tornarão uma parte vital do processo de pesquisa e desenvolvimento.”

Fornecedores vão se concentrar em certificações de funcionários para desenvolver IoT

Quando o executivo fala em certificar funcionários em IoT, não se refere a criar especialistas em tudo. Ele explica que a certificação funcionará para deixar a qualidade das soluções no melhor nível e preparar talentos com as habilidades necessárias em IoT. “Como resultado, grandes empresas e startups começarão a investir em certificações de baixo custo”, diz.

Segundo ele, essa já é a tendência dentro da Watson IoT Academy e na ThingWorx Certification da Universidade PTC. E Hodges faz um alerta: “as empresas em geral devem estar prontas para acompanhar o que seus fornecedores estão fazendo na área de certificações”.

Inteligência Artificial (AI) vai ser utilizada para explorar dados de IoT

A AI será a chave para explorar os dados provenientes da Internet das Coisas em tempo real, aposta Hodges. Ela também será responsável por quebrar paradigmas da IoT, permitindo que seres humanos se comuniquem diretamente com os dispositivos a partir de voz ou texto. Isso porque os cientistas de dados estão começando a treinar máquinas para ir além da revisão de grandes conjuntos de dados e desenvolver o conhecimento para ler entre as camadas.

“Através da capacidade de comunicar através de linguagens faladas, a AI será capaz de interpretar os dados de forma diferente, uma vez que será capaz de quebrá-los mais sucintamente, identificar e compartilhar detalhes que não seriam vistos dentro de uma grande fatia de informações”, encerra o executivo.

 

Fonte:Ipnews