Como a Ambev pretende inovar ao promover seu primeiro hackathon

25/10/2015 15:17
Entrevistamos o diretor de TI da Ambev, Sérgio Vezza que fala sobre as expectativas da primeira maratona de desafios da Ambev no Brasil
 

A Ambev quer melhorar a experiência para seus consumidores na era digital e para isso vê nas maratonas de desafios uma espécie de atalho. Em novembro, a maior cervejaria do país promove o seu primeiro Hackathon em São Paulo. Estudantes universitários e recém-formados de todas as graduações e que residem nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro podem se inscrever. A data final de inscrição termina neste domingo, 25 de outubro.  

Para Sérgio Vezza, Diretor de TI da Ambev, as expectativas da companhia são altas tendo em vista a inscrição de cerca de 2 mil candidaturas para a maratona. 

“Temos visto uma evolução clara da tecnologia nos últimos anos, de um desenvolvimento muito rápido de soluções. Numa velocidade incrível a ponto de empresas em geral, incluindo a Ambev, não terem conseguido acompanhar”, diz o executivo em entrevista ao IDG Now!.

Para Vezza, muito da inovação e da geração de valor para companhias tradicionais está em jovens empresas de base tecnológica – as startups. 

“As empresas tradicionais de TI oferecem serviços tradicionais e isso está bem resolvido na Ambev. Eu quero trazer inovação para dentro da companhia. E diante desse cenário estamos vendo várias possibilidades. O hackathon é mais um veículo para a gente fazer isso”, compara. 

Segundo o executivo, muitos dos esforços atuais da Ambev são dedicados a buscar novas parcerias com startups. Por meio do Beer Garage, escritório de inovação em Palo Alto, Califórnia, do qual a Ambev faz parte, a companhia fica atenta a soluções de novas empresas que podem ser aplicadas nas marcas da Ambev. “São jovens que estão saindo com a cabeça mais aberta”, destaca. 

Coletivo jovem e digital

Não é nenhuma novidade que estudantes imersos no universo digital e com vocação empreendedora têm sido a menina dos olhos de grandes companhias. No entanto, cada vez mais empresas do porte da Microsoft, Google, Ford, Facebook e IBM têm visto em hackathons uma forma de encurtar o caminho para encontrá-los e, de quebra, assumir protótipos de soluções que têm o potencial para serem aplicados internamente.

“Esperamos, dado ao tema ‘Como melhorar a experiência do consumidor no nosso ponto de venda’ encontrar algum insight, uma ideia, um produto que faça sentido para desenvolvermos”, indica Vezza. 

No total, 100 jovens serão selecionados para participarem da Maratona. Interessados podem escolher entre três categorias: desenvolvedor/programador, designer e negócios/marketing. 

Durante o hackathon, os jovens serão estimulados a pensar em soluções tecnológicas amplas e inovadoras para uma série de desafios. Os participantes serão divididos em grupos de até cinco pessoas para desenvolverem o projeto que será apresentado ao final da maratona.  

O grupo que tiver a melhor ideia será premiado com uma viagem de três dias para os Estados Unidos, incluindo uma visita as instalações do Beer Garage, startups e aceleradoras da região e visita a cervejaria Goose Island, do grupo Anheuser-Busch InBev, em Chicago.

Vezza reforça a ideia de que a maratona pode ser um canal para jovens talentos entrarem na empresa e a oportunidade que a companhia vê em identificá-los. E não só, indica que bons resultados do hackathon podem não só indicar uma segunda edição, como também ser o contexto propício para geração de uma startup apoiada pela própria Ambev.

"Realmente queremos nos conectar com esse ecossistema de jovens estudantes que queiram empreender. Queremos fazer uso dessa tecnologia atual e trazer valor para o nosso negócio. Temos muitos jovens bacanas aqui. E diferente dos Estados Unidos, nossos jovens estão mais preocupados com a empresa, com o mercado corporativo", explica. 

"O principal agora é o cuidado com o pós do evento, por que no final das contas temos que dar sequência a isso. Encontrar esse grupo de jovens que queiram fazer a diferença e ajudar essa galera", prevê o executivo.

 

Fonte:IDGNOW