Computadores com Windows também são vulneráveis ao bug Freak

07/03/2015 17:39

Um relatório divulgado esta semana pela Microsoft alerta que várias versões do Windows também são vulneráveis ao bug FREAK. A falha de segurança faz com que hackers possam forçar um servidor a usar um sistema de criptografia mais fraco e, portanto, mais fácil de ser quebrado.

 
Testes mostram que sistema operacional também é vulnerável à falha (foto: Reprodução/Microsoft)Testes mostram que sistema operacional também é vulnerável à falha (foto: Reprodução/Microsoft)

 

O site Freak Attack, que divulga informações sobre a falha de segurança, confirmou a vulnerabilidade em um testefeito com as versões mais recentes do Internet Explorer 11 rodando em um computador com Windows 7 com todas as atualizações de segurança.

A falha é capaz de afetar usuários de Macs, AndroidiOS e smartphones da BlackBerry, mas até agora acreditava-se que o Windows estaria imune. Desde que o FREAK foi revelado, na segunda-feira (2), o Google lançou uma atualização do Chrome para OS X que corrige a falha, mas a versão para Android continua com o problema. A empresa, assim como a Microsoft não divulgou quando uma correção será divulgada. A Apple, por sua vez, prometeu correções para a próxima semana.

Apesar de ter sido descoberto há pouco tempo, a suspeita é que o FREAK já existisse desde a década de 1990, devido a uma legislação americana que fazia com que as conexões tivessem que alternar suas tecnologias de criptografia. Até o momento, não se sabe se a vulnerabilidade já foi usada em algum tipo de golpe.

O bug permite que cibercriminosos que estejam monitorando o tráfego entre usuários e servidores vulneráveis possam injetar códigos maliciosos que seriam usados para forçar a conexão a usar uma chave de criptografia de 512 bits. Em seguida, eles coletam dados criptografados e usam redes de computadores – muitas vezes baseadas na nuvem – para quebrar a criptografia.

O processo usado para quebrar a criptografia, chamado de “Brute Force”, leva em torno de sete horas e custa cerca de US$ 100 (pouco mais de R$ 300). Atualmente, entretanto, o padrão de 512 bits já não é mais usado e foi substituído por chaves de 1024 ou 2048 bits. Caso o mesmo procedimento fosse usado nestas chaves, precisaria de muito mais tempo e poder de processamento para ser bem sucedido, o que torna a tarefa inviável.

A chave da criptografia é importante por que ela pode ser usada para criar sites falsos que conseguem copiar a proteção em HTTPS do original, o que permitiria que os criminosos lessem ou modificassem dados, como nomes de usuários ou senhas.

Via MicrosoftArs Technica e The Next Web