Dados e 4G são apostas da TIM para aumentar faturamento
Operadora, que trocou de CEO, acredita que receita de dados irá ultrapassar a de voz no próximo trimestre.
Para o antigo CEO da TIM, Rodrigo Abreu, o primeiro trimestre de 2016 foi difícil, “mas a companhia prossegue com medidas viáveis que trarão resultado ao longo do planejamento estratégico”. Abreu, que passou o bastão para Stefano De Angelis (veja abaixo), se refere à estratégia da TIM em combinar as receitas de dados e voz e no Plano de Eficiência.
Lucro e receita líquida da TIM caem 54,5 e 15,3%, respectivamente, no 1T2016
No primeiro ponto, a empresa acredita que receita de dados irá ultrapassar a de voz no próximo trimestre, visto que os clientes priorizam dados. Apesar disso, Abreu diz que a TIM continuará dando importância a voz. “Olhar o mix de voz e dados tem cada vez menos relevância”, diz.
Os planos anunciados no final do ano passado mostraram aumento do ARPU tanto no pré quanto no pós, mostrando que 10% do total da base já migraram para o novo portfólio. A operadora agora aumentou as ofertas de dados para o plano Controle e Pós-Pago (este último aumentou seu valor de R$ 99/mês para R$139/mês), que contam com 1,5 GB e 5 GB, antes oferecidos 1 GB e 2 GB, respectivamente.
O serviço de WhatsApp gratuito foi cancelado, visto que o consumo de dados do aplicativo não era tão grande e a TIM avalia que é melhor aumentar a franquia e dar mais liberdade aos usuários. “A empresa continuará a buscar parcerias com OTTs (over the top)”, afirma Rogério Tostes, diretor de relações com investidores da TIM.
4G
A expectativa da companhia é que o investimento realizado no 4G traga resultados ao longo do tempo. A TIM aumentou em sete vezes o número de cidades cobertas pelo 4G, totalizando 449 municípios (equivalente 60% da população brasileira), enquanto o 3G alcança 82% da população. “Essa estratégia traz mais clientes e, principalmente, clientes que gastam mais”, diz Abreu.
Plano de Eficiência
A TIM também anunciou que seu Plano de Eficiência, iniciado em janeiro de 2015 e que consiste na redução de pessoal e melhora dos processos, já trouxe economia de 40%. A previsão de duração do plano é de três anos e deverá trazer redução de capital entre R$ 300 e 350 milhões por ano, totalizando R$ 1 bilhão ao final de 2017.
Novo CEO
A TIM anunciou esta semana que o mandato de três anos de Rodrigo Abreu expirou e ele deixará de ser o CEO da operadora, dando lugar ao italiano Stefano De Angelis. O novo diretor presidente já foi CFO da TIM Brasil e CEO da Telecom Argentina, quando está era controlada pela Telecom Italia.
Fonte:Ipnews