Aprendendo ENGENHARIA DE REDES
Carl Smith levou um susto na segunda-feira, 20, quando foi olhar o chat entre o pessoal de seu time de desenvolvedores e encontrou a seguinte reclamação: "Não seja inconveniente como a Apple!" Ao perguntar o porquê daquilo, o susto aumentou: "Eles nos enviaram a foto de um cara se masturbando."
Carl é fundador e dono da nGen Works, empresa que ajuda a desenvolver aplicativos e serviços variados. Ele publicou um texto na última quinta-feira, 23, contando que, para provar que seu novo app poderia ser usado para envio de pornografia, a empresa da maçã usou o sentido literal do verbo "provar".
Não havia aviso, apenas um "por favor, veja a captura de tela anexa para mais informações" e a foto de um rapaz com o pênis à mostra.
"Permita-me começar dizendo que a política da Apple de se certificar de que as pessoas podem denunciar conteúdo inapropriado é uma coisa boa. Tivemos um processo de sinalização, mas eles acharam que poderia ficar melhor e nós estamos melhorando. Mas esse não é o ponto", comenta Carl.
O que o incomodou foi a incoerência da situação. Ao expor os funcionários da nGen a um conteúdo que a própria empresa considera inadequado, não estaria ela fazendo justamente o que não quer que seus clientes façam? O pior, diz o executivo, é que não há uma atitude simples que possa ser tomada.
"Se um empregado tivesse enviado pornografia, poderíamos demitir o empregado. Se um cliente tivesse enviado pornografia, poderíamos demitir o cliente. Mas quando a Apple envia pornografia você não pode demití-los sem alterar todo o seu modelo de negócio. Eles estão em posição de poder."
Como não pode ignorar o iOS em seus próximos aplicativos, Carl decidiu divulgar a história para tentar mudar a política da Apple. Porque ele acredita que o alto escalão da companhia provavelmente não sabe que seus funcionários andam enviando esse tipo de conteúdo aos desenvolvedores.
Ele não disse se já obteve algum retorno da Apple. A história toda, com a foto (censurada), pode ser lida aqui.
Fonte:Olhardigital
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