Dez tendências no consumo de dados para 2020
O estudo global Visual Networking Index (VNI), da Cisco, traz as perspectivas de tráfego IP para os próximos cinco anos e também destaca algumas tendências para o período. Veja a seguir as dez principais.
Conexões máquina-a-máquina (M2M) responderá por quase metade dos dispositivos conectados: atualmente, o M2M mantém pequena vantagem na liderança frente aos não-smartphones (aparelhos com menor potência de processamento), com 30% a 24%. Em 2020, o M2M se consolida no topo, com 45%, enquanto os não-smartphones caem para 9%, superados pelos smartphones mais potentes, que responderão por 21% dos dipositivos (hoje está em 19%). A média brasileira será diferente em 2020: 34% será M2M e 29% smartphones.
PC perde de vez sua importância como aparelho de vídeo: se hoje os desktops/notebooks respondem por 20% dos dispositivos de vídeo, em 2020 cairá para a metade, sendo superado até pelo M2M, que sobe dos atuais 7% para 15%. O smartphone já é o meio mais utilizado para vídeo (41%) e subirá para 43%. A TV se mantém nos 24% ao longo dos anos.
Tráfego IP vai crescer 22% ao ano até 2020, segundo estudo
Tráfego IP se divide entre dispositivos: os PCs ainda mantêm mais da metade (53%) do consumo de dados, mas verá essa vantagem cair para 29% ao fim do período, dividindo com os smartphones, que crescem de 8% para 30%, e com a TV, que também cairá de 30% para 25%. No Brasil, a diferença será maior. PCs respondem por 73% e caem para 38%; smartphones crescem de 9% para 31% e TV de 13% para 22%.
Consumo de vídeo de ultra definição vai se igualar ao de baixa: o Ultra-HD (UHD) é consome 2% do tráfego IP atualmente, mas subirá para 16%, bem perto da baixa definição (SD), que hoje está em 47% e cairá para 21%. O vídeo em HD também cresce de 51% para 63%. No Brasil, o UHD ainda terá pouca relevância em 2020, ficando em 6%.
Mudança da TV por assinatura para vídeo IP dobra consumo de dados: as famílias que adotaram o corte da TV por assinatura por serviços de streaming no ano passado mais que dobraram o consumo de dados de 49 GB por mês para 102 GB. Segundo analistas da Cisco, esse movimento é verificado nos países desenvolvidos e o Brasil ainda não se encaixa nesse quadro. Os principais veículos de consumo são Google, Facebook e Netflix.
Tráfego IP de dispositivos móveis conectados por Wi-Fi crescem 60% ao ano: até 2020, esse tipo de conexão será responsável por 21% do tráfego IP. Os dados móveis também terão grande crescimento, de 53%, e responderão por 16% do tráfego. Quem vai liderar o consumo serão as conexões cabeadas, com 34%, mas que crescem apenas 12% ao longo dos anos. O Wi-Fi apenas para dispositivos que conectam por essa tecnologia vai crescer 16% e responder por 29%.
Usuários vão mais que dobrar consumo de dados: a média mensal de consumo de dados por pessoa está em 19 GB e deverá subir para 44 GB em 2020. Isso se refletirá nos brasileiros também, que passarão de 15,8 GB para 32,5 GB por mês.
Velocidade média global de Internet chegará a 47,7 Mbps: hoje é de 24,7 Mbps. A América Latina, hoje com 7,6 Mbps, aumenta para 17,8 Mbps. A média brasileira é superior que a da região, crescendo dos atuais 8,5 Mbps para 19,5 Mbps.
Serviços de VoD e Time Delayed TV terão maior crescimento na AL: o vídeo por demanda (VoD) terá crescimento nas residências de cerca de 15%, enquanto o “pause a programação ao vivo” (Time Delayed TV) aumenta em 20%. Já os serviços de maior capilaridade nas casas latino-americanas serão o Voz sobre IP (VoIP), com 80%, e a TV digital, com 90%.
Uso de apps de localização cresce: aplicativos de consumer LBS, como o Waze, crescerão acima dos 30% até 2020. Porém, os apps mais populares continuarão sendo os de rede social, seguidos por de bancos e comércio.
Fonte:Ipnews