E-commerce cresce 7,4% e fatura R$ 44,4 bilhões em 2016, aponta Ebit
Webshoppers 35 mostra aumento no tíquete médio na compra e a expectativa é um crescimento de dois dígitos em 2017.
De acordo com dados do relatório Webshoppers n° 35, divulgado ontem (16/2) pela Ebit, o e-commerce brasileiro fechou 2016 com faturamento de R$ 44,4 bilhões, crescimento de 7,4% em relação a 2015. O número de pedidos permaneceu estável, em 106,3 milhões, mas o tíquete médio registrou alta de 8% na comparação entre os períodos, passando de R$ 388 para R$417.
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Apesar de ser o menor crescimento registrado desde o início do relatório, em 2001, a Ebit considera o resultado positivo em virtude da retração enfrentada no ano passado. Segundo a consultoria, os preços competitivos frente ao varejo físico e a expansão do mercado de smartphones beneficiou os e-commerces.
De acordo com o relatório, o número de e-consumidores ativos cresceu 22% na comparação com 2015, de 39,14 milhões para 47,93 milhões. O Ebit ressalta ainda o aumento das vendas via dispositivos móveis (tablets e smartphones), que concentraram 21,5% das transações em 2016, ante 12,5% do ano anterior.
A renda familiar média aumentou 8% na comparação entre 2015 e 2016, de R$ 4.760 mil para R$ 5.142, o que, segundo o relatório, mostra o enfraquecimento da classe C nas compras do comércio eletrônico e consequente maior participação das classes mais abastadas nas compras virtuais.
Para 2017, o relatório aponta que o e-commerce brasileiro faturará R$ 49,7 bilhões, com crescimento nominal de 12%. O tíquete médio deverá expandir 8%, para R$ 452, enquanto que, para o volume de pedidos, a expectativa é de uma alta de 4%, para 110 milhões.
As cinco categorias mais vendidas em 2016, em volume de pedidos, foram:
1) Moda e Acessórios – 13,6%
2) Eletrodomésticos – 13,1%
3) Livros/Assinaturas/Apostilas – 12,2%
4) Saúde/Cosméticos/Perfumaria – 11,2%
5) Telefonia e Celulares – 10,3%
As cinco categorias mais vendidas, em faturamento, foram:
1) Eletrodomésticos – 23%
2) Telefonia/Celulares – 21%
3) Eletrônicos – 12,4%
4) Informática – 9,5%
5) Casa e Decoração – 7,7%
Compras internacionais
A Ebit também divulgou a quarta edição da Pesquisa Cross Border, que avalia o comportamento de compra dos consumidores brasileiros em sites internacionais. O site chinês Aliexpress.com permanece como o predileto dos consumidores brasileiros, seguido por Amazon.com, eBay, Deal Extreme e Apple.com.
Mesmo em um cenário cambial desfavorável, quando o dólar ultrapassou os R$ 4,00 no primeiro trimestre, os brasileiros gastaram US$ 2,4 bilhões em sites de compra internacionais em 2016, alta de 17% ante os US$ 2,02 bilhões registrados em 2015. O número de consumidores únicos aumentou 21% na comparação entre os períodos, para 21,2 milhões.
Fonte:ipnews