Falta de confiança na TI afeta 45% das empresas, diz EMC

20/11/2013 08:22

43% das empresas já adotaram ‘mega tendências’, como cloud, big data, redes sociais ou mobilidade.

A falta de confiança na TI foi apontada pela pesquisa da EMC, conduzida pela Vanson Bourne, como um dos problemas que mais tem afetado a área de Tecnologia da Informação. De forma geral, 45% dos profissionais não confiam nas tecnologias de suas empresas e no Brasil esse índice sobe para 50%. Para eles, faltam capacidades adequadas de disponibilidade, segurança, backup e recuperação de dados, e entre os 55% que confiam, 81% são líderes. Na área de serviços financeiros, a falta de confiança afeta 41% dos executivos.

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A entrevista contou com a participação de 3.2 mil líderes de TI e negócios ligados a finanças, marketing e operações, entre outras áreas, e companhia analisou a adoção e a confiabilidade  das empresas com as quatro principais tendências: cloud, big data, redes sociais e dispositivos móveis.

A boa notícia é que todos os executivos entrevistados já consideram esses assuntos como ‘mega tendências’ e 43% das empresas já adotaram ao menos uma dessas tecnologias. Desse total, os assuntos estão ‘maduros’ para 8% dos gestores, que pensam na implementação, e entre os consumidores a proporção cresce para 35%; enquanto 40% estão avaliando a adoção das tendências e 17% ainda não iniciaram nenhum tipo de projeto. Entre as empresas que têm aceitado essas tecnologias destacam-se as de serviços financeiros (54,1%), Ciências Humanas (53,9%), tecnologia (53,8%), saúde (51,6%) e setor público (51,1%).

Entre os países, a China se mostrou o mais maduro com 65,2% de aceitação, depois os EUA (61,8%), África do Sul (60,9%) e Brasil (53,8%), mas em último lugar apareceu o Japão, com 38,8%. “A maturidade da TI depende totalmente de orçamento, regulamentação e da economia. A China tem conseguido maturidade pelo fato de não ter um grande legado, e por outro lado, o Japão tem reduzido o orçamento, por conta dos desastres”, informou Carlos Cunha, presidente da EMC do Brasil.

Segundo a pesquisa, o orçamento limitado afeta 53% das empresas, depois a restrição de recursos ou carga de trabalho (35%). Segundo a companhia, a China foi o país que mais investiu em tecnologia, e como mostra o resultado, o país não ficou limitado a conter gastos.

Falhas

As falhas e indisponibilidade de sistemas têm afetado muitas empresas e levado a perdas, inclusive financeiras. Em media, 61% dos entrevistados tiveram problemas relacionados a segurança, como paradas não planejadas (37%), falhas (23%) ou perda de dados (29%) nos últimos 12 meses, e por isso, quase metade (45%) disseram não confiar na TI.

Em números, as empresas perderam cerca de US$ 860.273 com falhas, US$ 585.892 com perda de dados e US$ 494.037 com inatividade. No Brasil, as falhas de segurança geraram um prejuízo de US$ 421.543, as perdas de dados, de US$ 298.424, e a inatividade, US$ 594.000.

Segundo os entrevistados, a principal consequência dos incidentes foi a perda de produtividade dos funcionários. No Brasil, esse tipo de problema afetou 46% das empresas, e empresas da China, Rússia, Espanha, Itália, Alemanha e Benelux disseram ter perdido parte da receita. No Japão, 38% perderam uma boa oportunidade de negócio e na Índia, 47% perderam seus clientes para um concorrente.

Segundo o estudo, quanto mais madura é a empresa menor é o impacto em relação a falhas de segurança, perda de dados e tempo de inatividade. “Em cada empresa há pelo menos um executivo preparado para desastres”, ressaltou presidente da companhia, e destacou que 53% das empresas mais maduras podem recuperar em minutos ou segundos suas aplicações mais críticas; 76% podem recuperar 100% desses dados; e 65% dessas empresas afirmaram terem perdido menos receita no último ano. Ao analisar todas companhias, o índice de recuperação de dados por minutos cai para 27%; 66% levam horas; 3% um dia; e 4% não sabem em quanto tempo recuperam.

 

 

fonte ipnews