Fintechs querem regulação para criar um mercado-chave na Espanha
Governo e empresas veem que marco regulamentar pode ajudar o setor a se desenvolver e virar referência na Europa.
Durante o Foro Fintech 2017, evento realizado semana passada em Barcelona, na Espanha, que reúne representantes do governo, da União Europeia, dos bancos tradicionais e, claro, fintechs, discutiu a necessidade de um marco regulamentar próprio para transformar o país em um mercado chave para as startups europeias.
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O secretário de Estado das Telecomunicações, Víctor Calvo-Sotelo Ibáñez-Martín, disse que as revoluções das tecnologias trazem diferentes benefícios e de malefícios e, com as novas empresas de serviços financeiros, surge a necessidade de criar uma regulação do zero, o que é um desafio e também um progresso.
“Temos de conseguir o equilíbrio entre as necessidades de segurança do sector financeiro e a flexibilidade das novas tecnologias”, advertiu o secretário de Estado, assumindo que “quando há um governo constituído, e não um de funções” pode avançar a criação um marco para estas novas empresas.
“As fintechs tem desafiado o status quo dos bancos, mas também têm gerado valor a seus clientes. Para que isso continue, precisamos de apoio dos governos”, disse Marta Plana, conselheira da Digital Origin, que oferece serviços de pagamento. Ela vê a necessidade de estabelecer normas básicas para desenvolver um ambiente favorável e impedir que startups abandonem o país e vão para outros mercados, como o britânico.
Para Ignacio Redondo, diretor jurídico do CaixaBank, é preciso regular os serviços e não as empresas. “Não faz sentido fazer uma regulamentação específica para empresas que fazem o mesmo que outras empresas.”
Por fim, Enrique Fernández Albarracín, especialista em direito financeiro da EY, alertou que a discussão sobre a regulação das fintechs na Espanha chegou tarde demais. “Países como o Reino Unido estão dez passos à frente” e apelou para a necessidade de avançar para a supervisão também às novas tecnologias.
Fonte:ipnews