Fraudes de e-mail atingem 30% das empresas brasileiras em campanhas de natal

19/02/2015 14:41

Estudo alerta para a necessidade de adoção ao DMARC e de monitoramento de reputação do domínio por meio do Sender Score.

 

Oito entre 26 grandes empresas brasileiras dos setores de beleza, esporte, moda, turismo e varejo foram vítimas de fraude em suas campanhas de e-mail marketing durante o período do Natal de 2014. Os dados fazem parte do Estudo de Natal elaborado pela Return Path,  com base em 1942 campanhas no mês de dezembro, que analisou a correlação entre a reputação dos rementes e a taxa de entrega na caixa de entrada, engajamento dos destinatários e o impacto das fraudes na entregabilidade e na confiança de provedores e consumidores.

Os dados do estudo são, ainda, um alerta para que grandes varejistas reforcem suas políticas contra fraudes de e-mail. Por serem marcas conhecidas, com uma volumosa base de assinantes, essas empresas tornam-se potenciais vítimas de e-mails de phishing, contendo links maliciosos ou ofertas falsas que visam roubar dados bancários e outras informações confidenciais dos assinantes. Outras fraudes comuns são o spoofing (utilização indevida do domínio legítimo das empresas) e abuso de marca, caracterizado pelo uso de uma logomarca conhecida para induzir o consumidor a pensar que se trata de e-mail legítimo.

Em alguns casos, as marcas atacadas tiveram campanhas 100% bloqueadas pelos provedores e ainda assim apresentaram algum percentual de leitura, impactando sua confiabilidade diante dos clientes. Uma eficiente maneira de proteção é a adoção ao DMARC, um protocolo de autenticação que permite aos provedores reconhecer e bloquear mensagens falsas.

A autenticação pode ser adotada por qualquer marca e o guia de configuração está disponível para download gratuito no site da Return Path (landingbr.returnpath.com/ebook-como-configurar-dmarc). “Por oferecer bons níveis de retorno, o e-mail também chama a atenção de criminosos. As fraudes por e-mail ocorrem em diversos setores e estão cada vez mais difíceis de identificar, visto que são muito similares aos e-mails legítimos. Isso vai exigir dos remetentes de grandes volumes de e-mail cada vez mais atenção para este aspecto de suas estratégias. Proteger sua marca e seus clientes é tão importante quanto chegar à caixa de entrada e gerar conversões com suas campanhas.”

Outro destaque do estudo é a comprovação da relação direta entre a reputação do remetente no Sender Score com a capacidade de chegar às caixas de entrada dos assinantes. No setor de beleza, por exemplo, embora haja pouca diferença no Sender Score (2 pontos, de 97 a 99), a média de entrega de determinada empresa com nota 97 é bem inferior do que a de outras marcas. Dessa forma, torna-se fundamental o monitoramento da reputação do remetente no Sender Score, uma ferramenta de avaliação da reputação dos IPs que enviam mensagens comerciais e que pode ser consultada gratuitamente nowww.senderscore.org.

A avaliação da Return Path também revela campanhas com percentuais de leitura similares entre concorrentes, mas algumas com grande destaque, com taxas de leitura bem acima da média do setor. No segmento esportivo, por exemplo, a campanha com maior destaque abordava, em seu título, o valor do desconto em reais e não em porcentagem. “É importante conhecer as próprias métricas, mas em um ambiente tão competitivo como a caixa de entrada é fundamental que as empresas tenham acesso aos dados de desempenho de suas campanhas e de concorrentes ou benchmark, além de conhecer sua audiência, suas preferências e hábitos de consumo”, aponta Bucciarelli.

O resumo da pesquisa mostra que as empresas do setor de esportes foram as que conseguiram colocar mais mensagens nas caixas de entrada dos assinantes (98%), apresentaram o menor índice de e-mails marcados como spam por provedores de e-mail (1,80%) e, ao lado dos grandes varejistas, foram classificadas com o melhor desempenho em leitura, com média de 13%.

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O setor de turismo, no entanto, foi o que apresentou a pior média de desempenho nas campanhas do Natal de 2014, com 89% das mensagens colocadas em caixas de entrada e taxa de leitura de 8%, enquanto 7% das mensagens foram excluídas sem ao menos terem sido abertas. Quando o assunto é classificação dos e-mails como spam, 10,83% das mensagens foram marcadas por provedores e 0,13%, por usuários.

 

Fonte:Ipnews