Google+: será esse o fim?

28/04/2014 09:06

Vic Gundotra, coordenador do Google+ desde o início da rede, anunciou na tarde de quinta-feira, 24, sua saída do Google. Para o Google+, isso pode significar um abandono por parte da empresa.

Vic Gundotra não faz mais parte do Google. Foto: flickr.com/photos/nandorfejer

De acordo com o TechCrunch, o Google+ não vai mais ser considerado um produto, mas uma plataforma – o que essencialmente encerra a sua tentativa de competir com outras redes sociais como Facebook e Twitter.

Um representante do Google negou veementemente essas alegações. 

"As notícias de hoje não tem impacto sobre a nossa estratégia para o Google+ - nós temos uma equipe incrivelmente talentosa que vai continuar a construir grandes experiências de usuários do Google+, o Hangouts e Fotos", afirmou ao TechCrunch.

De acordo com duas fontes do site americano, o Google vem remanejando as equipes que costumavam formar o núcleo do Google+, um grupo composto por entre 1 mil e 1,2 mil pessoas. 

O TechCrunch afirma que há um novo prédio no campus da empresa, e que muitas dessas pessoas estariam sendo movidas para lá - não necessariamente devido à saída de Gundotra.

Como parte destas mudanças, a equipe do Google Hangouts passa a fazer parte da equipe Android, e é provável que a equipe de Fotos siga o mesmo caminho. Basicamente, os talentos da empresa estão saindo do Google+ para focar no Android.

Ainda não se sabe o que vai ser feito com as equipes da rede social que não serão realocados para o núcleo do Android. 

As fontes do TechCrunch afirmam que o Google+ não será "oficialmente" morto, mas sobreviverá como um zumbi, pois é isso que acontece quando um produto perde seu principal líder e seus recursos.

A política que exige a presença do usuário no Plus por causa da integração com outros serviços deve deixar de existir. Essa medida não foi bem aceita quando implementada no YouTube. 

Isso não significa que todas as integrações do Google+ vão acabar, pois o Gmail vai continuar tendo relação com a rde.

Se confirmada, essa não será - nem de longe - a primeira vez que um produto Google é abandonado.

Em 2011, o Buzz, ferramenta similar ao Twitter e antecessora do Google+, foi fechado. Na mesma leva, a empresa encerrou serviços como o Code Search, que permitia que desenvolvedores procurassem por códigos abertos na internet e o Jaiku, que fazia usuários enviarem mensagens para amigos.

Até chegar ao Google+, projetos como o Lively (rede social estilo Second Life) e Wave (ferramenta de compartilhamento e bate-papo) também foram abandonadas pela gigante das buscas.

No Brasil, um exemplo ainda mais notável é o Orkut, que deixou de apresentar novidades por falta de interesse da empresa. Apesar de continuar ativo, apenas sobrevive e não recebe novos investimentos.

 

Fonte:Baguete TI