IBM avalia venda da divisão de chips

08/02/2014 17:15

A IBM está avaliando a venda de mais uma de suas divisões. Agora, a companhia está explorando a possibilidade de vender a sua divisão de semicondutores.

IBM engatilhando nova venda? Foto: divulgação


Segundo informaram fontes ao jornal Financial Times, a Big Blue encarregou o banco norte-americano Goldman Sachs para sondar possíveis compradores para o negócio.

Embora a possibilidade de venda seja forte, a companhia também cogita a ideia de fazer parcerias e criar uma joint-venture para sua operação de chips. Segundo o jornal, as fontes não deram valores estimados do negócio.

Possíveis compradores são as multinacionais Global Foundries e TSMC, empresas fortes do setor, mas que poderiam se beneficiar com o know-how da Big Blue. Por fora, correm a Intel e Samsung.

A IBM não se pronunciou sobre estes rumores.

Segundo analistas, se esta informação de confirmar e uma negociação ocorrer, será provavelmente a maior mudança estratégica da companhia desde os anos 90. Isso sem contar que segue um rastro de vendas nas divisões da gigante norte-americana.

Depois de vender seu negócio de PCs para a Lenovo em 2005, a IBM acabou de fechar a venda de sua divisão de servidores x86 também para a Lenovo, em um negócio de US$ 2,3 bilhões.

No entanto, conforme especialistas, diferentemente de vender suas tecnologias de hardware, uma venda da divisão de chips representaria a saída da companhia de um de seus negócios mais avançados tecnologicamente.

"A IBM é uma das poucas companhias mundiais que investem bilhões de dólares para estar na ponta do desenvolvimento de tecnologias no silício", afirmou Ed Hammond, do Financial Times.

Entre as tecnologias avançadas que a IBM vem investindo está o supercomputador Watson, cuja divisão recentemente recebeu um aporte de US$ 1 bilhão, para o desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial para o mercado.

“Não haveria Watson sem os Power Chips da IBM. Tirem a parte de semicondutores, e a IBM pode não ser mais a gigante de hoje daqui a dez anos", alertou o analista Rick Doherty, da consultoria norte-americana Evisioneering.

 

fonte:bagueteTI