Incubadora ou Aceleradora? Os diferentes caminhos para montar uma startup
Após ter uma ideia de negócio, seja ela um aplicativo, um produto inovador ou uma empresa que atuará em um segmento ainda inexplorado, o empreendedor logo encontrará diferentes caminhos para seguir no desenvolvimento de seu projeto.
Um caminho é seguir adiante por conta e risco próprios ou buscar por parceiros que ajudarão a tirar a ideia do papel por meio de estrutura, mentoria, gestão e toda sorte de suporte.
Vamos começar falando de possíveis caminhos para aqueles que entendem que o capital intelectual vale mais que dinheiro, pelo menos num primeiro momento. Este momento costuma acontecer nos estágios iniciais de uma startup ou mesmo em estágios anteriores, durante a “Ideação”, preparação ou prototipação.
Nesse sentido, as incubadoras e aceleradoras são caminhos mais tradicionais, se é que podemos usar a palavra “tradicional”. Com pouco mais de 10 anos de atuação, no Brasil e no mundo, aceleradoras são empresas de fomento à inovação.
Incubadoras e aceleradoras irão auxiliar o empreendedor a dar corpo ao projeto, podendo se diferenciar principalmente em relação ao tempo de trabalho, metodologia, tipo de mentoria e formas de financiamento para estruturar o negócio.
Uma incubadora lida com toda sorte de projetos, da economia tradicional até a digital. Ela normalmente apoia pequenas empresas e projetos desenvolvidos com ajuda de verba pública, muitas vezes ligados a uma iniciativa de interesse da Prefeitura e Governo local, ou uma iniciativa acadêmica.
Por conta dessa atuação, as incubadoras mantêm gestores que fazem o meio de campo entre uma iniciativa privada, o poder público e as universidades. É muito comum esse trabalho de desenvolvimento do negócio ser realizado dentro de uma universidade ou instituição de ensino, onde se aproveitam os departamentos de pesquisas internos para auxiliar o projeto. Como uma incubadora lida na maioria das vezes com verbas públicas ou projetos de fomento específicos (mobilidade, segurança, saúde etc), a avaliação das ideias e iniciativas em potencial cumprirá uma formalidade maior e o processo de aprovação será mais complexo.
Uma aceleradora, por sua vez, está mais ligada à nova economia e projetos de inovação em tecnologia, ou seja, startups que buscam um campo inexplorado para montarem seus negócios. Seu trabalho de apoio ao projeto é mais informal, pois o mais interessante para sua atuação é a ideia e o potencial que o negócio tem no mercado.
Os financiamentos envolvidos nesse caso são predominantemente privados e a intenção é que o projeto se estruture o mais rápido possível. É importante dizer que a informalidade aqui não significa falta de estrutura. Ao contrário, um dos pontos fortes das aceleradoras é oferecer além de estrutura física um programa de aceleração com começo, meio e fim.
O trabalho em uma aceleradora é feito por empreendedores, mentores e investidores experientes, muitas vezes empregando métodos baseados em seus próprios aprendizados e experiências. A atuação é mais focada do que em uma incubadora, e acontece dentro de um programa com tempo específico que dura entre 3 e 6 meses em sua maioria, contendo, mentoria, palestras e conversas pessoais que visam acelerar o estágio do projeto/ startup.
Além disso as aceleradoras oferecem benefícios adicionais, tais como: hospedagem (servidores), acesso a investidores, descontos e bônus junto a parceiros de negócios (networking), e em troca do programa de aceleração e dos benefícios as aceleradoras ficam com um percentual da empresa (equity).
Para participar de uma aceleradora, você deve ser selecionado. O processo de seleção varia, e acontece em datas específicas. Ao final do programa de aceleração as startups participam de uma espécie de competição junto a potenciais investidores, chamado “Demo Day”.
Novidade: Venture Builders
Uma novidade no mercado mundial e que está chegando agora no Brasil, são os chamados Venture Builders (VB) ou Techstudios. Os Venture Builders criam startups se utilizando de ideias e recursos próprios ou agregando ideias e recursos de fora.
O objetivo do VB é estruturar uma startup com metodologia própria, um modelo gestão e as vezes até com equipe própria, aliando know-how Técnico/Funcional + know-how de Mercado + Gestão + Cultura de Inovação, de forma a atrair investidores-anjo ou fundos de investimentos cujo capital irá financiar o crescimento da startup.
Os VBs se diferem das aceleradoras porque vão além, oferecendo cogestão da startup e equipe de tecnologia, podendo acompanhar a startup nos estágios seguintes. Podemos dizer que têm uma proposta mais customizada e são muito “mão na massa” junto ao empreendedor.
Durante o ano todo os VBs estão em busca de empreendedores, ideias e recursos, mas isso não significa que seja fácil entrar e muito menos ficar.
Como falamos anteriormente, você também pode ir por conta própria, montando seu negócio do zero sem ajuda ou apoio de Incubadoras, Aceleradoras ou Venture Builders.
Sim é possível, principalmente se você tiver o perfil de um Bill Gates (Microsoft) ou Mark Zuckerberg (Facebook), exemplos de quem conseguiu seguir adiante por conta própria. Por outro lado, empresas como Airbnb, Dropbox, Conta Azul e Cardmunch passaram pelas conhecidas Y Combinator e 500 (Five hundred), duas aceleradoras localizadas nos EUA.
A escolha é sua, boa sorte e sucesso em sua empreitada!
DICAS E SERVIÇO:
PARA LER MAIS SOBRE ACELERADORAS:
https://www.inc.com/will-yakowicz/the-15-best-startup-accelerators-in-the-us.html
https://techcrunch.com/2014/03/10/these-are-the-15-best-accelerators-in-the-u-s/
https://startupi.com.br/ecossistema/
PARA LER MAIS SOBRE VENTURE BUILDERS
https://bernardi.me/post/101192026840/updated-list-of-venture-studios-and-startup
- See more at: https://idgnow.com.br/blog/startuplace/2015/06/04/incubadora-ou-aceleradora-os-diferentes-caminhos-para-montar-uma-startup/#sthash.Uiz9yiFp.dpuf