Internet brasileira é uma das piores do mundo, aponta estudo

06/10/2016 15:08

Segundo o estudo divulgado pelo Netflix, a velocidade média do Brasil é de 2,57 Mbps.

internet-no-brasilUma pesquisa liberada pela Netflix nesta semana mostra que o Brasil tem uma das piores velocidades de conexão do mundo. O estudo, conduzida pelo serviço de streaming em mais de 41 países, mostra que o Brasil ocupa o 33º lugar no índice de transferência de dados da empresa no horário nobre no mês de agosto.

Brasil não tem Internet de qualidade para se digitalizar, afirma especialista

10 piores velocidades do mundo:

  1. Índia – 1,78 Mbps
  2. Filipinas – 2,04 Mbps
  3. Costa Rica – 2,11 Mbps
  4. Jamaica – 2,226 Mbps
  5. Equador – 2,27 Mbps
  6. Argentina – 2,37 Mbps
  7. Peru – 2,47 Mbps
  8. Colômbia – 2,53 Mbps
  9. Brasil – 2,57 Mbps
  10. Uruguai – 2,77 Mbps

A velocidade média do Brasil – de 2,57 Mbps – fica à frente apenas de Colômbia, Costa Rica, Filipinas e Índia, que têm média de 1,78 Mbps.

Melhores operadoras do Brasil

Segundo a Netflix, dentro do Brasil, em agosto, a melhor conexão foi a oferecida pela operadora TIM, com velocidade média de 3,09 Mbps. Em seguida aparecem Net Vírtua e a GVT, com 2,99 Mbps e 2,83 Mbps, respectivamente, Algar, com média de 2,24 Mbps, Vivo e Oi, com 1,94 Mbps, ambas.

De acordo com especialistas, três fatores explicam a qualidade ruim da internet brasileira. O primeiro seria a precariedade da infraestrutura. “De fato se investe pouco em infraestrutura de internet no Brasil. O investimento é baixo, os preços são altos”, explica especialista Marco Konopacki, coordenador de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS).

O segundo fator seria o gosto do brasileiro por navegar. No horário nobre, aumenta o número de pessoas conectadas, o que pode ajudar a diminuir a velocidade da rede. “É um gargalo de infraestrutura? Pode ser ou não. Os dados dizem que na maioria do tempo a rede não está sobrecarregada, e pode ser que ela atinja um pico de sobrecarga no horário nobre. Mas é como o uso do chuveiro. A rede suporta, mas fica no seu limite. E como a Netflix é uma grande consumidora de banda, pode estar atrelado a isso”, explica Konopacki.

O terceiro motivo seria a restrição deliberada do uso de banda para serviços específicos. “Não me admiraria se algumas empresas limitassem o tráfego desses dados para preservar mais a rede ou tornar o serviço mais rentável. Pode ser um elemento, é uma hipótese a ser testada”, explica o especialista.

Fonte:ipnews