Internet das Coisas: país já tem 20 milhões de conexões entre máquinas
Quarto maior mercado consumidor de equipamentos conectados do mundo, Brasil tem potencial para ampliar participação global.
Estimativas feitas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que há, no Brasil, cerca de 20 milhões de conexões máquina-máquina. A previsão é que o número salte para 42 milhões em 2020. No mundo todo, até 2025, o total de objetos conectados deve ficar entre 100 milhões e 200 milhões, de acordo com a consultoria Teleco.
Ministro lança série de consultas públicas internacionais sobre Internet das Coisas
“A Internet das Coisas já é uma realidade. A cada dia, mais coisas se conectam à internet para informar sua situação, receber instruções e até mesmo praticar ações com base nas informações recebidas. Mais que a próxima evolução da tecnologia da informação, a Internet das Coisas redefine a maneira como interagimos com o mundo físico e viabiliza novas formas de produzir, fazer negócios, gerenciar infraestrutura pública, prover segurança e organizar a vida das pessoas”, afirma o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.
Para funcionar, a Internet das Coisas precisa de sensores, para compilar os dados de uma determinada atividade ou aplicação. O próximo passo é processar essas informações. Com os dados em mãos, o dispositivo sugere ações, atuando para mudar algo no ambiente de forma automatizada.
Mundo conectado
Em 2015, o pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Kevin Ashton, um dos primeiros a se debruçar sobre o tema, ofereceu uma interessante definição sobre IoT. “Estamos presenciando o momento em que duas redes distintas – a rede de comunicações humanas, exemplificada na internet, e o mundo real das coisas – precisam se encontrar. Um ponto de encontro onde não mais apenas ‘usaremos um computador’, mas onde o ‘computador se use’ independentemente, de modo a tornar a vida mais eficiente. Os objetos, as ‘coisas’, estarão conectados entre si e em rede, de modo inteligente, e passarão a ‘sentir’ o mundo ao redor e interagir”, explicou Ashton em entrevista à revista eletrônica Inovação em Pauta, publicada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Segundo o secretário de Políticas de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o Brasil é um dos principais polos em IoT. Quarto maior mercado consumidor de equipamentos conectados do mundo, o país tem potencial para ampliar sua participação global, juntamente com o desenvolvimento de soluções para o mercado doméstico.
Fonte:ipnews