Material permite tirar até a última gota de mostarda da embalagem

24/03/2015 12:42

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Recipientes plásticos para vários tipos de materiais representam um problema de desperdício ou trabalho extra para o consumidor. Basta lembrar o sufoco para tirar o restinho de ketchup ou maionese da embalagem, bem como para espremer o finalzinho da pasta de dente do tubo. É aí que entra o LiquiGlide, uma substância que quer acabar com estas situações incômodas.

O vídeo abaixo explica o que a substância é capaz de fazer:

O projeto começou a ser desenvolvido em 2012 no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), utilizando um material que reveste as embalagens internamente para evitar desperdício e poupar tempo do consumidor. O professor Kripa Varanasi junto de seus estudantes, acabou criando uma empresa dedicada apenas a este projeto, que parece estar ganhando força lá nos Estados Unidos.

A explicação para o fato de perdermos tanto tempo e desperdiçarmos tanto com embalagens de plástico é a viscosidade dos líquidos armazenados, que não fluem sem um impulso forte. Para isso foi criado o LiquiGlide, que adere com muito mais força a superfícies texturizadas do que líquidos, permitindo que o conteúdo da embalagem deslize para fora com mais facilidade, agindo como uma espécie de lubrificante. 

Veja outro exemplo:

Seus responsáveis não vão revelar a “fórmula secreta”, mas eles afirmam que a composição varia de acordo com o propósito. Qualquer recipiente de alimentos utilizará um composto a base de materiais comestíveis como vegetais.

O projeto já encontrou aplicações comerciais. Elmers Products, uma empresa fabricante de cola nos Estados Unidos, já firmou contrato com a LiquiGlide. Também já está agendado o lançamento de um pote de maionese antiaderente para este ano e uma embalagem de pasta de dente econômica prevista para 2017.

No entanto, o objetivo original do LiquiGlide vai além do mercado consumidor. Varanasi pensava nas aplicações industriais quando idealizou o projeto, facilitando o bombeamento de petróleo, por exemplo. Por mais que produtos para consumo tenham se antecipado, a empresa continua procurando a indústria.

Fonte:Olhardigital