Mercado de PCs tem a maior queda dos últimos 10 anos

17/12/2015 15:55

Vendas no terceiro trimestre de 2015 atingiram apenas 1,6 milhão de computadores. Volume só não é menor do que o registrado em 2005.

O estudo do IDC Brazil PCs Tracker Q3, da IDC Brasil, aponta uma queda alta no mercado de PCs no terceiro trimestre de 2015. Segundo a pesquisa, apenas 1,6 milhão de computadores foram comercializado entre julho e setembro, 37% a menos que o mesmo período de 2014. O desempenho foi o pior dos últimos 10 anos, quando foram vendidos 1,5 milhão de PCs no segundo trimestre de 2005. Do total vendido este ano, 993 mil foram notebooks e 607 mil desktops.

Para Pedro Hagge, analista de Pesquisas da IDC Brasil, o resultado não é surpresa e está de acordo com as projeções realizadas, refletindo a situação econômica do país. Ele diz que é possível até comemorar, já que a receita caiu apenas 7% no comparativo ao mesmo período de 2014. “Mesmo vendendo menos, o ticket médio ficou em R$ 2.341, o que representa um acréscimo de 49% de um ano para cá.”

Segundo ele, o mercado de PCs está registrando quedas seguidas desde 2012 e explica que, naquele tempo, o PC era praticamente o único equipamento que permitia acesso à Internet. Atualmente, existem outros dispositivos e a vida útil dos computadores aumentou. “Há muitos computadores com melhores processadores, armazenamento em nuvem, entre outros, influenciando no adiamento da troca”, completa.

Sobre a Black Friday, o analista diz que vários fabricantes ficaram receosos de participar, com alguns deixando de promover ações junto aos varejistas. De acordo com ele, as vendas foram positivas, mas não ajudaram a recuperar o desempenho.

Fim da Lei do Bem é tiro no próprio pé do governo, acredita consultoria

 

Até o final do ano, a IDC Brasil projeta queda de 37% nas vendas (com 6.5 milhões de PCs vendidos), alta de 39% no ticket médio e queda de aproximadamente 12% na receita. Em relação a 2016, o mercado será diretamente impactado por conta do fim da Lei do Bem. Para o analista, na comparação com os outros dispositivos, o PC será o mais afetado pelo fim da medida provisória.

 

Fonte:Ipnews