O que é o sistema ContentID? Entenda
Todo dia, milhões de vídeos são enviados para os servidores do YouTube e o responsável por avaliar se eles estão ou não dentro das regras de copyright é o ContentID. A ferramenta foi criada pelo Google para analisar as produções em busca de trechos de obras audiovisuais protegidas por direitos autorais. As gravadoras e estúdios de cinema enviam cópias de suas obras originais e o sistema compara inúmeros trechos com o que está sendo compartilhado na rede para encontrar cópias ilegais no site.
Google põe YouTube no topo e facilita busca por vídeos de músicas
A discussão sobre os limites do ContentID veio à tona depois que diversos canais do YouTube tiveram seus vídeos bloqueados ou apagados no site. No Brasil, a polêmica cresceu após a participação de Federico Goldenberg, gerente de parcerias do YouTube Brasil, em um painel da Campus Party Brasil 2014. Na ocasião, Goldenberg enfatizou o sucesso de produções brasileiras, como os canais Porta dos Fundos e Galinha Pintadinha e deu dicas para os usuários não sofrerem sanções na rede, como advertências e a perda de seus canais por causa de cópias irregulares ou não autorizadas.
Quando o sistema encontra uma semelhança entre o vídeo enviado por um usuário com vídeos disponíveis em um cadastrado no banco de dados do ContentID, o detentor de direitos são notificados e devem decidir o que será feito.
Algumas opções são: bloquear o vídeo, deixá-lo mudo ou indisponível; monetizar, exibindo anúncios e inserindo link no vídeo para o detentor original do conteúdo; ou, ainda, rastreá-lo com as estatísticas de visualizações sendo computadas apenas no Analytics de quem possui os direitos autorais sobre a obra.
No entanto, as políticas dos detentores de conteúdo podem ser diferentes ao redor do mundo. Enquanto escolhe bloquear um vídeo no Brasil, a gravadora pode escolher apenas rastreá-lo na França e monetizá-lo nos Estados Unidos, por exemplo.
O ContentID apresenta também algumas falhas: canais oficiais de artistas já tiveram alguns de seus vídeos retirados do ar ou receberam “flag” (advertência) por fazer uploads de vídeos protegidos por direitos autorais, mas que pertenciam aos próprios.
Ao contrário do que a maioria dos usuários pensa, não são apenas as associações de gravadoras que podem se beneficiar do ContentID. Os pequenos produtores de vídeos e as networks (redes de canais no YouTube) também podem proteger suas obras através de um cadastro no portal. Se houver uma reivindicação de Content ID em qualquer vídeo seu, você pode simplesmente aceitá-la ou iniciar uma disputa, com arbitragem do próprio YouTube.
Com a ferramenta, o Google evita diversas disputas na Justiça sobre infrações de direitos autorais.
fonte:techtudo