OD Responde: tiramos 5 dúvidas dos leitores
Perguntamos na última segunda-feira, 19, aos seguidores do Olhar Digital no Facebook se eles tinham alguma dúvida sobre tecnologia e o mercado. Selecionamos algumas das questões feitas no post para respondê-las abaixo. Se você tiver alguma dúvida, pode deixá-la nos comentários e ela poderá entrar em outra matéria no futuro.
O que é a tecnologia Li-Fi, e como ela poderá mudar a forma que conectamos na internet? (Limar Martins)
A tecnologia Li-Fi é uma proposta que já existe há alguns anos e ainda não saiu do território das pesquisas acadêmicas, embora os resultados agora sejam bastante promissores, chegando a transmissão de dados em até 3 Gbps.
A ideia é utilizar a luz emitida pelas lâmpadas da sua casa para a conectividade, em vez de um roteador que transmita ondas de rádio, como acontece hoje. Na prática, seria como fazer a lâmpada piscar muito rapidamente até o ponto de ser imperceptível ao olho humano, usando a luz visível e invisível para a comunicação. Há algumas vantagens e, por enquanto, algumas potenciais desvantagens.
O ponto positivo é que a luz é limitada ao ambiente que ela ilumina, evitando que um vizinho possa se conectar à sua rede sem que você queira. Outra é que ela não irá interferir em outros sistemas que utilizem frequências de rádio para comunicação, permitindo que, por exemplo, seja usada internet sem fio durante um voo sem risco de interferir nos equipamentos de segurança do avião.
Outro fator importante é que o espectro de luz visível é 10 mil vezes mais amplo do que o espectro do rádio, que já está ficando saturado com o tanto de dispositivos que dependem de algum tipo de sinal sem fio.
No entanto, ainda há algumas pendências a serem solucionadas antes da aplicação comercial do Li-Fi. Há problemas quando o usuário tenta trocar de cômodo sem a queda de sinal. Outro desafio é o envio de dados: o download é particularmente simples, basta absorver e interpretar os sinais luminosos, mas o upload necessitaria de gadgets especiais capazes de emitir estes sinais de luz e sensores que possam captá-los para converter em informações para o servidor. Uma forma de contornar essa possível limitação é misturar o Li-Fi para download com o Wi-Fi tradicional para o upload de dados.
O que é NFC? (Marcello Mars)
A sigla NFC significa, já na tradução para o português, “Comunicação de campo próximo”. Como diz o nome, ele serve para que os aparelhos próximos se comuniquem. Celulares, notebooks, fones de ouvido, entre vários outros produtos, utilizam chips NFC para diversos motivos.
A Apple, por exemplo, utiliza o chip NFC do iPhone 6 para autenticar pagamentos feitos pelo Apple Pay. No Android e Windows Phone, as opções são mais variadas. Você pode aproximar dois celulares para trocar fotos, vídeos ou arquivos em geral. Também é possível usar o NFC para parear o celular com outros dispositivos, como um fone de ouvido sem fio, por exemplo.
Quando vai sair o Windows 10 pra smartphones? (Andre Luiz)
Só a Microsoft sabe. O Windows 10 para PC sai entre julho e setembro, e a empresa diz que para os celulares isso só acontecerá mais tarde. A tendência é que o Windows 10 para celulares saia apenas no final do ano.
Qual o melhor smartphone 4G no valor de R$ 700 no momento? (Roberto Serconiuk)
Pesquisamos no varejo e encontramos três opções: o Moto E de segunda geração, da Motorola; o Lumia 635, da Microsoft, e o Galaxy Win 2, da Samsung.
Tradicionalmente, a Samsung não costuma agradar entre os aparelhos de baixo custo, graças ao peso de seu software, a TouchWiz. Portanto, recomendamos as duas outras alternativas. Se gostar do Windows Phone, o Lumia 635 é uma boa opção; se o Android for da sua preferência, o novo Moto E é a alternativa ideal.
Por que não conseguimos desinstalar alguns aplicativos que vêm de fábrica nos smartphones? (Celso Alberti Filho)
Essa é fácil: a fabricante não quer que você desinstale. A maioria dos celulares Android saem de fábrica com apps como joguinhos, por exemplo, que podem ser indesejados para o usuário final, mas são frutos de contratos entre a desenvolvedora do aplicativo e a fabricante, o que significa dinheiro em caixa para quem faz o celular. O contrato seria altamente desvalorizado se o usuário pudesse desinstalar tudo livremente. A essa prática damos o nome de “bloatware”, que também é bastante popular no mercado de PCs.
Há algumas alternativas. Em vez de desinstalar, no Android é possível desativar os apps indesejados, fazendo com que pelo menos eles deixem de estar à vista e incomodar.
A solução real vem apenas com o root, uma prática que anula a garantia do seu celular, mas dá privilégios de mexer em configurações mais profundas do sistema, permitindo apagar de vez estes aplicativos indesejados. Mas isso é recomendado apenas para usuários avançados.
Fonte:Olhardigital