Os 7 pecados que as empresas cometem na publicidade em vídeo na web

16/06/2015 09:14

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Nos últimos anos, a publicidade em vídeos na internet ganhou força e atraiu a atenção das empresas, conquistando mais espaço e investimento. Mas ainda existem barreiras que desafiam a criatividade e comprometem o sucesso dos conteúdos em vídeo.

"Poucos são aqueles que levam em consideração o fator saturação na hora de escolher o caminho da publicidade online. Eles querem tudo, em todo lugar", avalia Thiago Bispo, diretor de negócios da Teads no Brasil. 

Diante dos dilemas enfrentados pelas empresas na internet, o executivo listou os 7 pecados capitais que podem atrapalhar uma campanha de publicidade em vídeo na web: 
 
1. Soberba/Orgulho
O orgulho se dá quando as marcas ou empresas não adaptam o conteúdo do vídeo ao público-alvo. "É um equívoco pensar que um vídeo publicado na internet será viral por si só e, que com um canal no YouTube ou com uma FanPage, já estará totalmente inserido no meio digital. Não se pode esquecer que o vídeo precisa ser bem direcionado e promover o que é de interesse do usuário, algo que desperte a curiosidade. A publicidade digital não é feita para um consumidor passivo", explica Thiago Bispo.

2. Avareza
Desde que os anunciantes começaram a alocar investimentos em publicidade na internet, a avareza tem acompanhado o setor, o que é muito visível na questão do número de “likes” em vídeos nas redes sociais. "Eles até podem fazer o CTR (taxa de cliques) da marca aumentar, mas em 99% dos casos não se aplicam em retorno de vendas. É fácil comprar esse tipo de engajamento. Não podemos ter a CTR como um KPI (técnica de gestão para indicar desempenho de um vídeo na internet) crítico para medir a publicidade em vídeo online. Essa análise deve ser feita por um profissional que vai determinar as soluções para um bom resultado", sugere o executivo. 

3. Luxúria
Para Bispo, as empresas precisam pensar nas vantagens da TV tradicional para comerciais de TV e nas vantagens de vídeos virais de internet para publicidade online. “É indispensável definir bem as estratégias e entender que, muitas vezes, menos é mais. Podemos pecar se iniciarmos uma publicação sem controle, querendo atingir muita gente sem estratégia e definição de público", orienta.

4. Gula
“Estamos em um ambiente saturado e, por isso, temos que repensar sempre as estratégias de divulgação de forma que o consumidor ou usuário também não fique sempre com mais do mesmo. Não dá para soltar um vídeo viral tentando alcançar todo mundo sem estratégia bem definida. É preciso pensar na visibilidade, pagar o preço pelo alcance desejado e adaptar conteúdo ao público-alvo. Nada de gula irracional”, ressalta Bispo.

5. Ira
"Tudo mudou nos últimos anos e é normal que, em muitas ocasiões, estejamos com raiva disso, pois aumenta nosso trabalho e abre lacunas até então desconhecidas. No entanto, isso não autoriza os anunciantes a ignorarem as mudanças. Temos que encontrar nosso público onde quer que ele esteja e segmentar, ainda que isso demande mais tempo e estudo", explica o diretor de negócios.

6. Inveja
De acordo com Bispo, no meio digital é comum haver comparação de números de curtidas, visualizações e visitas, mas não é recomendado focar somente nesses indicativos. "Precisamos entender como nosso concorrente conseguiu chegar a este ou aquele patamar, quais as estratégias que utilizou. Tamanho não importa. Temos que analisar cada KPI usando a razão e sem ciúme", aponta. 

7. Preguiça
"A Internet é uma convergência de mídias, e não um veículo que anda sozinho. Por conta disso, temos de entender como o nosso público está se movendo na web. O vídeo na internet deve ter obrigatoriamente uma comunicação horizontal e ativa para fazer sucesso”, conta Bispo. “O trabalho começa mesmo quando termina. Ou seja, a partir da publicação do conteúdo inicia-se o processo de monitoramento e interatividade”, conclui. 

 

Fonte:Olhardigital