PMEs brasileiras recorrem a técnicas do Vale do Silício e faturam milhões
Especialista lista 3 principais métodos utilizados por startups de sucesso e aplicados por empresas bem-sucedidas no Brasil.
Famosa por abrigar as principais empresas de tecnologia do mundo, a região do sul de São Francisco, nos Estados Unidos, tem despertado a curiosidade dos profissionais que buscam inovações. Qual é o segredo do sucesso dos negócios alocados no Vale do Silício? Thiago Lima, especialista em transformação digital e CIO da FCamara – empresa brasileira de TI – listou três práticas comuns dos negócios da região, que já estão sendo implementadas por empresas bem-sucedidas.
Confira:
Sua ideia não vale nada
A variedade de boas ideias de negócio encontradas no Vale é grande, mas o que realmente tem valor é colocá-las em ação. Por isso, empreendedores da região costumam conversar sobre suas ideias, prática ainda pouco comum no Brasil. “O brasileiro costuma esconder sua ‘sacada’ com medo de cópia. Lá a cultura é diferente: eles preferem compartilhar o negócio com várias pessoas para receber feedback e entender se estão resolvendo um problema real”, explica Thiago.
Ajude o ecossistema
Outra prática bastante comum é ajudar o ecossistema. “Fiquei impressionado com o número de pessoas que eu nunca tinha visto me dando dicas valiosas para os meus negócios – sem querer nada em troca – simplesmente para fomentar e ajudar”, relembra Thiago. O compartilhamento de conhecimento é estabelecido de forma natural entre os profissionais que convivem na região, pois eles entendem que, ao fortalecer o ecossistema de empreendedorismo, estarão beneficiando a si mesmos.
Thiago implementou essa cultura na FCamara, “quando estamos em uma reunião ou encontramos outros profissionais, sempre damos dicas para resolver problemas que estão enfrentando, independentemente se temos contrato ou não”, explica. O compartilhamento de conhecimento também vale para os colaboradores. Na empresa de TI, a equipe é estimulada a trocar experiência com os novos talentos, tornando-se responsável também pela formação dos profissionais.
Formação de empreendedores, não de funcionários
A formação também é algo valorizado na região. Iniciando desde a universidade, é focada em gerar empreendedores, não funcionários. O princípio se estende no ambiente profissional, gerando auto responsabilidade até mesmo para os colaboradores de grandes empresas, que se colocam diante das adversidades com autonomia.
“A auto responsabilidade é um verdadeiro mantra na FCamara e faz parte do código de cultura da empresa”, conta Thiago. No programa de formação a – reconhecido nacionalmente pela criação de times de alta performance – os participantes recebem desafios reais e aulas de filosofia para estimular a autonomia e uso da criatividade na solução de problemas reais.
Os resultados são sentidos na prática: a empresa acumula prêmios e fatura milhões com projetos de TI que geram 66% mais chances de sucesso quando colocados em ação.
Fonte:ipnews