Qual a importância do disaster recovery frente a um desastre natural?
Diante das recentes enchentes no Rio Grande do Sul, todas as empresas e negócios se depararam com complicações inéditas e não previstas em suas operações. Fora toda a tragédia que afetou diversas famílias, o caos climático trouxe à tona a importância do disaster recovery para o setor corporativo.
De acordo com Sidimar Carniel, COO da 4B Digital, fabricante de tecnologia em nuvem, incidentes inesperados como esses não só causam grandes prejuízos econômicos e operacionais, mas também testam a capacidade das organizações de se recuperarem rapidamente e continuarem suas operações.
Ainda segundo o especialista, em um cenário onde a tecnologia e a informação são vitais para a operação diária, a falta de um plano de recuperação pode significar desde a perda de dados críticos até a interrupção total das atividades. “Sem um plano de disaster recovery bem definido, uma empresa pode enfrentar paradas prolongadas que resultam em perdas financeiras e de reputação significativas”, afirma.
Como atuar perante um desastre?
Para um plano de disaster recovery ser eficaz, o seu desenvolvimento deve ser feito de forma integrada, apostando na atuação em conjunto de profissionais de diferentes áreas da empresa, principalmente os setores de TI e de negócios. Além disso, a atuação de profissionais especializados nas situações de crise também é fundamental, uma vez que a sua expertise no assunto tratá respostas mais robustas e efetivas para as situações.
Na visão de Sidimar, o ponto chave da atuação em momentos de crise é o cálculo envolvendo o custo de manutenção diante dos benefícios de um retorno rápido às operações. “Questões como ‘qual é o custo de deixar a minha empresa parada por mais x horas?’ precisam ser respondidas de forma clara para definir a urgência das medidas. Isso inclui a avaliação do impacto financeiro da interrupção dos serviços e a priorização das operações críticas que precisam ser restauradas primeiro”, aponta o COO da 4B Digital.
Para definir estes detalhes, o especialista alerta para a importância de dois conceitos-chave para o disaster recovery: o Objetivo de Tempo de Recuperação (RTO) e o Objetivo de Ponto de Recuperação (RPO). O primeiro é responsável por definir o tempo máximo aceitável para restaurar as funções após um desastre, enquanto o segundo determina o quanto de dados a empresa pode perder sem sofrer danos irreparáveis.
“Estas métricas ajudam a estabelecer prioridades e a orientar as ações de resposta aos desastres. Com base nesses parâmetros, é possível desenvolver um cronograma eficiente para a recuperação dos sistemas e dados, garantindo que as operações possam ser retomadas dentro dos prazos estabelecidos”, completa.
Fonte : Ipnews.com.br