Redes móveis vão suportar demanda por conectividade, diz Rodrigo Abreu, da TIM

16/10/2014 13:39

ESPECIAL FUTURECOM 2014 Desafio é aumentar a receita média por usua´rio, que hoje está em US$ 9,5 por mês.

 

A velocidade do aumento do tráfego de dados pode ser ainda maior do que as estimativas de mercado. E também é imprevisível, segundo Rodrigo Abreu, presidente da TIM. Hoje de manhã, na Futurecom, o executivo deu como exemplo o mercado italiano: de janeiro a agosto a velocidade média dos usuários de telefonia móvel passou de 350 Mbps para 900 Mbps, ou seja, triplicou em nove meses. Abreu destacou o caso europeu como um potencial modelo das tendências, mas advertiu que as informações atuais podem funcionar de duas formas: referência ou alerta.

Dados impulsionam resultado da TIM, que lucra R$ 1,5 bilhão em 2013

O executivo mostrou ainda informações de uma pesquisa que indica que 78% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet ou possuem um link com até 2 Mbps. Para os que não tem acesso de fato, a principal razão seria o custo (44%). “O desafio do mercado de dados móveis é muito similar ao da oferta e voz em 2009”, argumentou. Ou seja, uma fase de crescimento que precisa de ajustes. Ainda a favor dos dados móveis, Abreu avalia que o perfil dos brasileiros, vistos como “apaixonados” por internet, conta a favor da adoção de mais serviços. O problema é aumentar a receita média por usuário (ARPU), que no Brasil seria de US$ 9,5/mês, quando atinge US$ 54 nos Estados Unidos e US$ 43 nos países asiáticos desenvolvidos e US$ 11,3 nos asiáticos emergentes. Na Europa, o ARPU chegaria a US$ 25,5.

Além de um olhar mais crítico para acompanhar a mundo de dados móveis, Abreu avalia que é necessário considerar o novo cenário de rede, onde três fatores devem ser direcionadores: fibra óptica, espectro e multisserviços. A nova avaliação substitui o binômio voz + redes de cobre do passado. Em termos de mercado, o executivo confirma a avaliação de que a precificação de voz passa a ser flat, enquanto o mercado de dados torna-se cada vez mais personalizado, com modelos de cobrança por granularidade.

A inovação faz parte do avanço da empresa nessa oferta e Abreu deu dois exemplos: os postes metálicos com toda eletrônica embutida e as smart cells, pequenas estações rádio base para capilarizar a cobertura celular. Nesse último caso, a rede de postos Ipiranga passa a ser coberta por smart cells, capilarizando a cobertura da operadora e abrindo mais um canal para que os usuários acessem a rede móvel e, consequentemente, aumentem o ARPU.

 

Fonte:Ipnews