Relembre os maiores fiascos do mercado de tecnologia em 2015

28/12/2015 19:55
Lista inclui erros e fracassos de gigantes do mercado, como Microsoft, Tidal, Ashley Madison, Spotify e Reddit.
 

Os maiores fracassos sempre começam com boas intenções. Talvez você quisesse melhorar o status dos artistas em serviços de streaming de música ou criar um “Netflix para livros”. Mas, como diz aquele ditado, o inferno dos fiascos está cheio de boas intenções. Os líderes desse caminho nada agradável em 2015 incluem gigantes como Microsoft, Yahoo, Jay Z e Reddit. Veja a lista completa abaixo.

Tidal

Em março, o rapper Jay Z relançou o Tidal, um serviço de música que beneficiaria os artistas que realmente fazem as músicas. Era para ser uma espécie de “anti-Spotify”, com arquivos de alta qualidade e royalties idem. Vários meses depois, o Tidal enfrenta dificuldades. A empresa perdeu funcionários considerados essenciais e está atualmente no seu terceiro CEO – que vai assumir em janeiro de 2016. O serviço passou a marca de 1 milhão de usuários em setembro, mas ainda está bem longe dos 20 milhões de assinantes pagos do Spotify.

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Netflix dos livros

Em 2015, o primeiro e original “Netflix dos livros” anunciou que sairia de cena. Após dois anos tentando fazer os usuários pagarem 10 dólares por mês para ler qualquer livro digital, a Oyster revelou em setembro que chegava ao seu fim. A empresa não disse muito sobre a razão para fechar as portas, mas parece que funcionários importantes da Oyster foram contratados pelo Google. A Oyster vai desaparecer oficialmente em janeiro de 2016.

Cadê os add-ons?

A Microsoft tem um hábito ruim de manter seus usuários esperando por recursos chave. No momento, os usuários do Windows 10 estão esperando que o Edge, o navegador do novo sistema da empresa, receba a funcionalidade de suporte para extensões. Sem a habilidade de customizar seu navegador com extensões, o Edge deixa automaticamente de ser uma opção para muitos usuários. A Microsoft tinha ficado de lançar o suporte para extensões no fim de 2015, mas acabou adiando isso para o começo de 2016.

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Hack do Ashley Madison

O site de traição Ashley Madison perdeu controle sobre a sua base de dados de usuários, incluindo nomes, endereços e números de cartão de crédito. Muitos desses dados foram publicados na web em agosto após o site ser hackeado por um grupo que liberou cerca de 8GB de dados da página online. O escândalo foi gigante e provou que nem mesmo sites supostamente discretos podem garantir a privacidade dos usuários no momento atual. 

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Windows 10 além do ponto

A Microsoft quer tanto que os usuários façam o upgrade para o Windows 10 que chegou a passar do ponto em diversas ocasiões. Em outubro, usuários do Windows 7 e 8.1 começaram ver avisos de upgrade para o Windows 10 que pareciam ser obrigatórios, e não havia uma maneira óbvia de recusar a atualização. A Microsoft alegou que esses usuários já tinham optado pelo upgrade do Windows 10, mas mesmo assim a empresa deveria ter oferecido uma saída. Depois, em dezembro, a Microsoft fez algo parecido com os usuários do Windows 8.1 que recebiam uma janela que trazia apenas duas opções de resposta para o upgrade: ambas positivas (veja foto abaixo) – a única saída era clicar no X da caixa e fechar o processo, mas o fato de não haver uma opção de resposta negativa foi uma falha e tanto da companhia. 

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Spotify e a sua política de privacidade

Todo ano, uma ou duas empresas se encrencam por conta de políticas de privacidade e/ou termos de serviço para os usuários. Em 2015, foi a vez do Spotify. Em agosto, o serviço mudou sua política de privacidade, afirmando que queria permissão para espiar todos os tipos de informações dos aparelhos dos usuários – incluindo contatos, fotos e leituras de GPS. Algo que obviamente não pegou nada bem. Após muitas críticas e até mesmo uma discussão via Twitter pelo assunto com o criador do Minecraft, Markus “Notch” Persson, o Spotify pediu desculpas e reescreveu sua política de privacidade em uma linguagem mais clara.

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Brigas entre gigantes de TI

As empresas de tecnologia possuem um hábito ruim de tornarem-se competitivas a ponto de suas brigas afetarem negativamente seus clientes. Neste ano, tivemos alguns casos como aAmazon barrando a venda da Apple TV e do Chromecast em sua loja online – vale lembrar que a empresa de Jeff Bezos possui produtos rivais desses dois citados acima: o Fire TV e o Fire TV Stick. 

Outro caso aconteceu entre os eternos rivais Microsoft e Google. O motivo de tudo foi o Google ter revelado uma brecha de segurança do Windows 8.1 dois dias antes da Microsoft liberar um patch para o bug.

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Reddit

Mudanças de funcionários acontecem sempre neste mercado. Mas quando essas alterações afetam uma funcionária conhecida de uma empresa de Internet bastante popular, é melhor que essa mudança tenha razões muitos boas. No meio de 2015, a diretora de comunicações do Reddit e peça chave no conhecido subreddit Ask Me Anything (AMA), Victoria Taylor, recebeu sua carta de demissão. Insatisfeitos com a decisão da empresa, os administradores do Reddit e moderadores voluntários protestaram fechando muitos subreddits populares, colocando o site em um verdadeiro caos e forçando a então CEO interina da companhia, Ellen Pao (foto abaixo), a se demitir em meio à polêmica.

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Ad-blockers

Publishers na web possuem um problema sério para lidar quando o assunto são ad-blockers baseados em navegadores. Um estudo publicado em agosto pela Adobe determinou que em 2016 os publishers da web nos EUA vão perder cerca de 20,3 bilhões de dólares por causa dos ad-blockers. Com esse problema afetando empresas do mundo todo, o tabloide alemão Bild decidiu em outubro que tentaria bloquear o acesso ao seu site para qualquer pessoa usando um ad-blocker. Em novembro, o Yahoo começou a testar um recurso parecido no Yahoo Mail. Com os anunciantes insistindo em rastrear os usuários pela web em nome dos dólares da publicidade, o Bild e o Yahoo estão simplesmente do lado errado da história.

 

 

Fonte:idgnow