Segurança: não há tratamento único contra falhas
Em painel no Futurecom 2015, executivos citam diferentes pontos de falhas e risco para o ambiente corporativo.
As falhas de segurança nas novas tecnologias e conceitos como internet de todas as coisas e mobilidade são crescentes e caminham para um problema sem solução, segundo executivos que participaram do painel “Segurança – Soluções avançadas para redes, dispositivos móveis e novos desafios com internet das coisas”, nesta manhã de quarta-feira, 28/10, no Futurecom.
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Segundo eles, estas novas soluções trazem inúmeros pontos de risco e para nenhum deles há uma solução “matadora”. “Muitas das novas tecnologias estão motivando novos negócios. Chamo a atenção para repensar segurança. Não na questão de organograma, mas uma disciplina que deve fazer parte da direção dos negócios. Precisamos reposicionar a segurança de forma mais estratégica”, defendeu Julio Cesar Laurino, consultor senior de Cyber Risk Services na Deloitte Touche Tohmatsu.
Para Angelo Coelho, information security governance manager at Oi/Telemar, o desafio atual não é tecnológico, mas legislativo. “Todo o conhecimento q temos em segurança só agrega valor. O problema é a falta de legislação que regulamente o que é informação, para onde ela vai e como deve ser armazenada. Como proteger a informação e como cada um vai otimizar a informação é o grande desafio”, argumentou.
Com uma visão diferenciada, Felipe Penaranda Silva, líder da equipe de Segurança da IBM para a América Latina, ponderou que 40% dos aplicativos atuais não passam por qualquer tipo de teste de segurança ante de chegar ao usuário e apontou que esta displicência é tão relevante quanto a falta de segurança nos dispositivos.
Camilo di Jorge, especialista em segurança, lembrou que o usuário não deve ser esquecido em qualquer estratégia de segurança. “Não adianta mudar a forma sobre como tratar as novas tecnologias dentro das empresas, sem pensar nas pessoas”, ressaltou.
Paulo Kapp, diretor técnico-operacional, encerrou a primeira rodada de colocações, alertando para o fato de que a segurança ou a falta dela deve ser tratada como um negócio, a medida que há interesse comerciais em relação ao usuário e sua rotina. “A responsabilidade sobre este modelo não parte só do ecossistema que está montando o negócio, mas de quem utiliza. Todos que participam do modelo precisam sentir o nível de responsabilidade no processo”, concluiu.
Fonte:Ipnews