Snapchat é acusado de mentir números de usuários para valorizar IPO
Ex-funcionário alegou que diretores aumentaram índices tanto para valorizar seu valor no mercado quanto para receber novos investimentos.
Um ex-funcionário da Snap Inc, proprietária do aplicativo Snapchat, acusou diretores e o fundador da empresa de reportar números de crescimento falsos e colocou em dúvida o valor da companhia em seu pedido de IPO, para entrar no mercado de ações. Anthony Pompliano, ex-líder da área responsável pela audiência, entrou com uma ação judicial no Tribunal Superior de Los Angeles na semana passada, afirmando que a Snap divulgava quantidade de usuários falsas na busca por um maior valor de IPO. A empresa nega as acusações.
Snapchat é o segundo aplicativo mais usado nos EUA
Pompliano alega que os executivos da empresa mentiram sobre os números de usuários para ele, mesmo a Snap não tendo uma equipe para rastrear essas métricas. O ex-funcionário lembra que a companhia nunca havia investido em uma equipe de crescimento e engajamento de usuários, até o CEO Evan Spiegel “se dar conta de esse era um indicador-chave para impactar o valor do IPO”.
Ainda segundo ele, o CSO da companhia, Imran Khan, relatou números falsos aos patrocinadores, inclusive durante a tentativa de garantir um investimento de US$ 200 milhões do Grupo Alibaba.
Pompliano – que liderou a equipe de crescimento para páginas do Facebook por mais de um ano antes de saltar navio – acrescenta que, durante seu único mês de trabalho na Snap, foi pressionado para revelar informações confidenciais sobre seu antigo empregador. Desde que foi demitido, Pompliano afirma que a companhia tem procurado “destruir sua carreira”, travando uma “campanha de difamação” contra ele.
Apesar da Snap não revelar seu número de usuários, relatórios vazados apontam uma base de 150 milhões (quantidade maior que o Twitter). Além disso, as suas visualizações diárias de vídeo apontaram 10 bilhões em abril de 2016. De acordo com estudos de mercado, a Snap já poderia ser pública em março do ano passado.
Fonte:ipnews