Sprint e T-Mobile voltam a discutir fusão, mas analistas divergem sobre o sucesso do negócio

19/04/2018 12:53

Operadoras norte-americanas conversam novamente e rumor aponta que SoftBank, dono da Sprint, estaria disposto a abrir mão do controle do negócio.

Boatos sobre conversas entre Sprint e T-Mobile US voltaram a circular no mercado de telecomunicações dos Estados Unidos na última semana, alguns meses após as discussões sobre uma fusão terem acabado em novembro de 2017. A volta da negociação entre duas das quatro maiores operadoras norte-americanas teria sido feita por Masayoshi Son, CEO do SoftBank, grupo dono da Sprint, e, supostamente, agora ele estaria disposto a abrir mão do controle sobre uma possível fusão.

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Notícias da imprensa indicam que o SoftBank pode ter iniciado as conversas, frente a um cenário desafiador à Sprint e que busca por mais CAPEX, de acordo com analistas de Wall Street em entrevista ao portal FierceWireless. Dessa forma, alguns investidores notaram que o SoftBank pode estar mais disposto a ceder o controle do negócio e obter um acordo antes dos próximos leilões de espectro, um cenário regulatório mais complicado.

Os analistas também apontam comentários recentes de executivos do SoftBank que pareciam indicar um desejo de obter participações menores e menos arriscadas em seus investimentos. Os analistas dizem que o SoftBank pode preferir deter participações de 20% a 30% em empresas dos principais setores em todo o mundo, e uma fusão da Sprint com a T-Mobile daria ao SoftBank uma participação de 27% no que seria a terceira maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos.

Por outro lado, os investimentos recentes da Sprint podem indicar que a operadora não esteja disposta a abrir mão do controle. Analistas da Wells Fargo lembram que a Sprint arranjou dois acordos de torre, um de fibra óptica e levantou US$ 5 bilhões. Jogar fora esses esforços e desistir do controle não parece razoável para estes especialistas.

Eles destacam que a Sprint vem trabalhando para melhorar sua rede sem fio desde o fim das negociações, embarcando em uma implantação significativa da tecnologia 5G sobre os vastos ativos de espectro de 2,5 GHz da Sprint.

Os analistas mais coerentes, porém, são os da New Street Research, que afirmam “a realidade é que não temos como saber”. De fato, até o negócio ser anunciado, a fusão é uma incógnita.

 

Fonte:ipnews