Startup usa IoT e nuvem da Microsoft para proteger a vida de mineradores

13/03/2017 17:02

Projeto busca mapear vulnerabilidades no setor, que figura como o 4º da economia com mais acidentes de trabalho no país.

A startup RobbIoT desenvolveu um wearable com a tecnologia de Internet das Coisas que utiliza a nuvem e ferramentas da Microsoft para gerenciar informações sobre fatores de risco de lesão e morte de mineradores e funcionários de empresas de óleo e gás. Dispositivos acoplados nos capacetes e coletes dos trabalhadores captam informações de risco e as exibem em dashboards, como ruídos que podem desencadear um deslizamento, alta exposição de trabalhadores a raios ultravioletas ou mesmo o local de queda de um minerador.

De acordo com os últimos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2012, a mineração é o segundo setor com a maior taxa de mortalidade entre as profissões do país.

Entre as tecnologias Microsoft presentes na solução estão a Cortana Intelligence Suite, transformando dados em ações inteligentes, o IoT Hub no gerenciamento dos ativos de Internet das Coisas captados pelo wearable, Stream Analytics para o processamento do fluxo na nuvem, Storage e, por fim, o Power BI com análise em gráficos que facilitam a interpretação para tomada de decisão da empresa, todos na nuvem Microsoft Azure.

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A RobbIoT fechou seu primeiro contrato com a empresa de mineração Massari, localizada em Salto de Pirapora, em São Paulo, após a prova de conceito na empresa, realizada no segundo semestre de 2016. Cerca de 60 funcionários estão utilizando o wearable desde dezembro, para coleta de informações sobre o ambiente de trabalho. Neste semestre, a equipe de tecnologia da Massari desenvolverá análises sobre a região para prevenção de acidentes.

De acordo com pesquisa de 2015 do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), atualmente o setor gera pouco mais de 214 mil em empregos diretos. Além disso, estima-se que mais de 2,7 milhões de trabalhadores estão envolvidos de alguma forma com a mineração, em 8.400 minas espalhadas pelo Brasil.

Outras empresas como Intel, Giesecke & Devrient, Artimar, Durannio e PSX Investimentos também participam do projeto.

 

Fonte:ipnews