Telefonia móvel deve responder por 4,5% do PIB da América Latina em 2020

19/11/2013 11:52

Segundo GSMA, setor gerou US$ 211 bilhões na economia da região em 2012 – 3,7% do PIB.

Em uma avaliação sobre a indústria de telefonia móvel na América Latina, durante a 40ª Reunião Plenária da GSMA América Latina realizada no Peru, o relatório “Mobile Economy Latin America 2013”, desenvolvido pela GSMA Intelligence, mostrou que, em 2012 a indústria móvel gerou mais de 3,7% do PIB da América Latina, contribuindo com US$ 211 bilhões na economia da região.

Assinaturas de smartphones chegarão 5,6 bi até 2019, revela estudo

O setor foi responsável por gerar 353 mil empregos diretos na região, e direcionou US$ 39 bilhões para fundos públicos. Em 2020, o setor deve responder por 4,5% do PIB e empregar 453 mil pessoas, e em 2017 o setor deve contribuir com US$ 50 bilhões para fundos públicos.

Em junho de 2013 havia 632 milhões de conexões e 319 milhões de assinantes únicos na América Latina, penetração de 104% e 52% respectivamente. A média global dessas taxas de penetração do mercado em desenvolvimento é de 79% de conexões e 38% de assinantes únicos, lembrando que na região metade de toda a população possui serviço de telefonia móvel, enquanto nos mercados desenvolvidos essa proporção é de quatro entre cinco pessoas, e o relatório lembra da oportunidade de crescimento da base de assinantes da região.

“A América Latina é umas regiões mais diversificadas no mundo em termos de desenvolvimento social e econômico, mas está unificada pela contribuição com o crescimento da telefonia móvel”, afirmou Tom Phillips, diretor de regulamentação da GSMA. “Enquanto o mercado de voz vem se tornando mais saturado, os benefícios futuros virão cada vez mais da banda larga móvel e de novos serviços. No entanto, a região necessita urgentemente de regulamentação mais previsível e transparente para aproveitar esta importante oportunidade.”

Mudanças

Apesar do progresso da indústria de telefonia móvel na América Latina, o setor não continuará prosperando com o atual sistema regulatório, informou a GSMA, que considera entre os problemas contínuos a falta de transparência e consulta nas tomadas de decisões, planos de desenvolvimentos industriais incertos ou inexistentes e regras ambíguas para empresas estrangeiras.

O relatório destaca a necessidade de quatro políticas importantes, começando pela necessidade de oferta de espectro adequado para implementações rentáveis de LTE. A distribuição do espectro pela região está atrás dos 1300 MHz por país que foi definido como referência pela UIT para 2015; também é preciso renovar as licenças. “Existe um número expressivo de licenças 2G para serem renovadas dentro dos próximos anos, na região, incluindo Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Panamá e Uruguai”, informou o relatório, destacando que é preciso uma abordagem consistente para as renovações de licenças – medida que pode diminuir a ineficiência na distribuição de recursos e atraso no investimento de rede.

Segundo a GSMA, a regulamentação na América Latina tem se tornado intervencionista, com tendência para regular as tarifas de interconexão, impor tarifas específicas de telecom,  implementar duras solicitações de qualidade de serviço e impor restrições regulatórias às operadoras e defende uma política regulatória mais favorável e maior colaboração e coordenação entre a indústria móvel, reguladores e outras instituições governamentais; e por último a qualidade do serviço, principal foco de cobrança dos órgãos públicos e reguladores. “Entretanto, as operadoras de telefonia móvel precisam de um regime político e regulatório mais coordenado e favorável, já que enfrentam muitos desafios, incluindo obstáculos à instalação de novos sites e estações rádio base em tempo hábil”, defendeu a GSMA.

 

fonte ipnews