Um terço das pessoas prefere ter um smartphone a um carro, diz pesquisa

22/10/2015 09:35
Para executivo, mudança é uma consequência geracional. Pesquisa pode indicar que mercado estaria aberto a modelos alternativos de transporte
 

Aquilo que já foi um marco na vida de muitos jovens – ter seu primeiro carro – pode estar sendo eclipsado pelo desejo de ter um smartphone, de acordo com uma nova pesquisa encomendada pela empresa global Frog. 

Um terço dos 1200 respondentes da pesquisa disse que desistiria de seus carros antes de fazer o mesmo com seus telefones.

“Dado ao fato que smartphones se tornaram comumente disponíveis apenas nos últimos dez anos, nós esperamos que a proporção de pessoas que os consideram mais que seus carros cresça rapidamente e significativamente”, disse a Frog em um anúncio sobre os resultados da pesquisa. 

A pesquisa online feita com residentes dos Estados Unidos, China, Dinamarca e Alemanha revelou que 37% dos proprietários de carro disseram que poderiam desistir de seus privilégios de ter um ou se sentiram que poderiam viver sem ele. 

Ainda, 23% dos entrevistados afirmaram ter usado serviços compartilhados de táxis no último ano enquanto 50.4% disse que usaram táxis tradicionais. Ao mesmo tempo, 56% dos participantes indicaram que gostariam de ser produtivos enquanto estiverem em trânsito. 

De acordo com a pesquisa, quando respondentes foram perguntados sobre quanto tempo ainda eles pretendem continuar com um carro, 3% respondeu que menos de um ano e 17% relatou que esperam desistir de seu carro dentro dos próximos cinco anos. 

“Isso pode sugerir que 20% do mercado poderia estar aberto a modelos alternativos de transporte nesses próximos anos”, indica a Frog. “Se você estender isso para os próximos dez anos, 29% do mercado poderia estar pronto para fazer tal mudança”. 

Uma mudança geracional pode estar acontecendo, reflete Andrew Poliak, diretor global de desenvolvimento e negócios para a  QNX Software Systems, que criou o sistema operacional incorporado para algumas das maiores montadoras de carros, incluindo aí a Ford, GM, Toyota e Volkswagen.

“Penso que as pessoas da minha geração viam carros como um rito de passagem para a fase adulta – isso significava sua liberdade”, disse Poliack. “Eu acredito que a geração de hoje vê ir de um ponto A a B como uma forma de ocupar tempo que elas poderiam estar o usando fazendo outra coisa. Eu não acredito que elas vêem carros como a liberdade que eu os via quando era jovem”, completou. 

 

Fonte:IDGNOW