Vendas de wearables movimentarão US$ 28,7 bilhões em 2016, prevê Gartner
Consultoria estima que, ao longo do ano, serão comercializados 274,6 milhões de unidades de tecnologias vestíveis ao redor do mundo
As vendas mundiais de tecnologias vestíveis deverão atingir US$ 28,7 bilhões em 2016. Segundo projeções do Gartner, ao longo do ano, serão comercializados 274,6 milhões de unidades de wearables ao redor do mundo. O volume representa um aumento de 18,4% em comparação aos 232 milhões de dispositivos vendidos nos últimos doze meses.
Do total movimentado por esse mercado, aproximadamente US$ 11,5 bilhões virão da comercialização de relógios inteligentes. “De 2015 até 2017, a utilização de smartwatches crescerá 48%, em grande parte devido às iniciativas da Apple de popularizar tecnologias para vestir como um estilo de vida”, avalia a consultoria, prevendo que essa categoria deve movimentar US$ 17,5 bilhões ao final da década.
O Gartner projeta que as tecnologias para vestir fitness (como pulseiras, roupas inteligentes, relógios esportivos e outros itens) continuam aumentando a popularidade, impulsionadas em grande parte por programas de bem-estar dos Estados Unidos.
“Entre todas as tecnologias vestíveis fitness, os relógios esportivos manterão sua média de preço de varejo ao longo dos próximos anos. Atletas, ciclistas e mergulhadores deverão escolher relógios esportivos em vez de smartwatches, pois a interface de usuário, as capacidades e durabilidade são adaptadas às necessidades deles. Os avanços contínuos em sensores e sistemas de análise para relógios esportivos trarão novos recursos que sustentarão a média de preços do varejo”, projeta.
Embora o tamanho do mercado mundial de pulseiras inteligentes tenha se igualado às vendas unitárias de smartwatches em 2015, o Gartner afirma que, no futuro, os relógios inteligentes serão mais procurados pelos consumidores, pois existe um número maior de dispositivos multifuncionais que podem fazer o acompanhamento de exercícios.
“Os fornecedores de pulseiras estão buscando uma forma de competir com os smartwatches e conquistar parte do mercado que hoje é liderado pela Fitbit. Exemplos de outras propostas de valor emergente para pulseiras incluem, além de fitness, pagamentos, acesso, segurança, saúde e bem-estar”, avalia.
Na visão da consultoria, os capacetes de Realidade Virtual (HMDs) representam um mercado emergente, tendo suas origens em projetos militares dispendiosos. Em 2016, esse mercado avançará para a adoção destes dispositivos por consumidores e para o uso corporativo.
“Espera-se que novos HMDs de realidade virtual para os consumidores, tais como o HTC Vive, Oculus Rift, Sony PlayStation VR e Microsoft HoloLens, sejam disponibilizados juntamente com jogos de videogame, com conteúdos de entretenimento e aplicações críticas de negócios. Produtores de filmes e ligas esportivas aumentarão seu conteúdo tradicional com o uso dos HMDs, melhorando as experiências dos clientes”, projeta.
O uso corporativo desses dispositivos também crescerá nos próximos anos. Segundo o Gartner, aproximadamente 26% dos HMDs sendo projetados diretamente para uso comercial em 2018.
“Os HMDs serão comprados por empresas para serem usados por seus funcionários em tarefas como reparo de equipamentos, inspeções e manutenção. Os trabalhadores também usarão HMDs para manterem as mãos desocupadas enquanto realizam tarefas”, detalha.
*Matéria originalmente publicada em: https://computerworld.com.br/vendas-wearables-movimentarao-us-287-bilhoes-em-2016-preve-gartner